Viagem de Bolsonaro à China é uma oportunidade de avançar na habilitação de novos frigoríficos, diz ABPA
A viagem do Presidente Jair Bolsonaro á China pode favorecer a relação comercial com o país e uma oportunidade de avançar na tentativa de obter a habilitação de novos frigoríficos brasileiras. O vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, vai viajar ainda nesta segunda-feira para se juntar à delegação do Presidente da República.
A comitiva vai visitar outros países da Ásia e também do Oriente Médio, mas o governo brasileiro segue otimista e cauteloso com a possibilidade de anunciar a habilitação a novas unidades frigoríficas. Isso por que em encontros anteriores, o governo Chinês acabou frustrando os brasileiros e não anunciou o aval das indústrias.
"O que temos presente é que a visita da ministra (da Agricultura, Tereza Cristina) e do presidente vai melhorar ainda mais as relações do Brasil com a China; vai fortalecer a confiança no sistema brasileiro, que já foi bem demonstrada na visita (vistoria) feita (pelos chineses) por meios eletrônicos", afirmou Santin em entrevista ao Broadcast Agro referindo-se às avaliações feitas por videoconferência em plantas brasileiras.
O executivo ainda ressaltou que há duas unidades produtoras de carne suína com toda a documentação pronta e que dependem apenas da liberação do governo chinês para aprovação. No entanto, as indústrias estavam incluídas na lista anterior enviada pelo o Ministério da Agricultura Brasileiro, porém tiveram problemas ao preencher a documentação.
Além disso, isso pode ter sido um dos motivos para, na lista de 25 unidades habilitadas pela China em setembro, apenas uma de suínos ter sido incluída."Aquela leva foi de uma lista que tinha sido feita em outubro de 2018. Na época, só três plantas de suínos se interessaram, porque a China não importava tanta carne suína", disse Santin.
O BroadCast Agro ainda informou que a demanda do país asiático por carne suína se intensificou com os casos de peste suína africana. As unidades já fizeram os ajustes necessários com as correções burocráticas no questionário.
"Não temos expectativa sobre a decisão da China, mas torcemos para que verifiquem os documentos dessas duas que ficaram para trás e que haja a habilitação”, declarou Santin.
A ABPA segue em conversas com divisão a cota de exportação de carne de Frango, na qual o Mercosul tem direito no acordo comercial com a União Europeia - 180 mil toneladas por ano.
A liderança também confirmou as reuniões entre brasileiros e argentinos. "Iniciamos conversas, sem definir valores. Começamos a trabalhar hipóteses e agora temos que achar um critério", contou.
Além disso, haverá reuniões com o setor privado do Uruguai e Paraguai para dividir as cotadas de exportação. "Estamos adiantando uma etapa para, quando formos dividir as cotas, dizermos aos governos como entendemos que essa divisão deve ser feita", afirmou Santin.
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