Brasil e Rússia trocam elogios sobre como lidaram com operação Carne Fraca
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, disse que a Rússia foi a “nação amiga que deu a primeira palavra de confiança ao Brasil” após a deflagração da Operação Carne Fraca, em 17 de março. O comentário de Turra ocorreu durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira (17) na sede da ABPA em São Paulo, com o embaixador russo Sergey Akopov, representantes da Câmara de Comércio Brasil-Rússia, do Itamaraty e do setor agropecuário do Brasil.
Segundo o executivo, o embaixador se reuniu com o presidente da República, Michel Temer, no mesmo dia em que a investigação da Polícia Federal foi divulgada e “naquela mesma noite passou a mensagem para o governo russo”.
Em resposta, Akopov disse que a Rússia não poderia ter tido outra postura em relação ao que ele chamou de “incidente” com a carne brasileira. “Hoje em dia conhecemos muito bem a qualidade da carne brasileira, por isso a posição da Rússia foi muito calma e tranquila. Um incidente como esse não pode abalar todos os anos dessa operação tão estratégica”, afirmou.
A Rússia compra do Brasil carne bovina, de frango e suína - o país é principal destino de suínos do Brasil, e o 12º comprador de frango. “Sempre lembramos que o Brasil ajudou e apoiou a Rússia quando não aderiu às sanções econômicas aplicadas ao país. Essa posição é altamente apreciada e corresponde com as nossas relações de parceria estratégica”, afirmou citando as sanções iniciadas pelos Estados Unidos em 2014, devido à anexação da Crimeia.
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