Volume das exportações de carnes registra queda em março
As exportações de carnes perderam ritmo em março, diante das repercussões negativas da Operação Carne Fraca no exterior. Em volume as vendas externas vieram abaixo de março 2016, apesar das informações de que receita cresceu 9% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
As proteínas mais afetadas foram frango e suíno. Segundos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as vendas externas de carne de frango 'in natura' totalizaram 343 mil de toneladas, contra 301 milhões em fevereiro. Na média diária o desempenho ficou 10,7% menor no período. Em março tivemos 23 dias úteis, contra 18 em fevereiro.
Na carne suína 'in natura' o resultado foi de 54,8 mil toneladas, 2,8% de queda na média diária frente ao desempenho do mês igualmente anterior (44,1 mil toneladas).
Já a proteína bovina demonstrou o melhor desempenho. No mês foram exportadas 98,2 mil toneladas, ao passo que em fevereiro as vendas foram de 79,3 mil toneladas.
O levantamento da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) também apontou que os embarques fecharam abaixo do mesmo período do ano passado. Na carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura, embutidos e outros processados) a queda foi de 4,1% em março, frente ao mesmo período de 2016.
Para o presidente da Associação, Francisco Turra, "a queda nos volumes embarcados decorreu, dentre outros motivos, da retração das vendas para mercados que determinaram embargos às importações na semana seguinte à deflagração da Operação Carne Fraca", disse em nota.
Segundo apuração, a China - maior comprador - reduziu os embarques em 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Já Hong Kong importou 12% a menos.
Ainda assim, em receita o balanço fechou acima de 2016. Houve avanço de 13,6% na receita com os embarques de março. Total de US$ 661,3 milhões neste ano – contra US$ 582,1 milhões no ano anterior.
“A suspensão temporária da emissão de certificados de exportação para determinados mercados alterou o ‘mix’ dos embarques, aumentando a presença de produtos com maior valor no saldo final do mês, o que fez o preço médio da tonelada subir”, explica Turra.
Na comparação anual a carne suína também fechou em queda. A retração é de 3,4% em volume se comparado a março 2016. Em receita, porém, o desempenho é superior, fechando com crescimento de 39,5% na receita deste ano, frente ao terceiro mês do ano passado.
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