Aumento da oferta pressiona cotação das carnes neste início do ano
Cenários diversos para o boi gordo, mas pressão de baixa ainda é mais frequente
Por Scot Consultoria
O cenário do mercado do boi gordo é de pressão de baixa na maior parte das regiões, apesar de os ajustes nas referências terem ocorrido de maneira dividida, entre altas e baixas.
O escoamento lento, mesmo em período no qual tipicamente o varejo se estoca para o maior consumo advindo do pagamento dos salários, é uma das causas.
A oferta maior de boiadas em algumas regiões colabora com a pressão.
No Norte de Minas, a pressão de baixa mais intensa não foi efetiva e, devido à redução dos negócios, os frigoríficos aumentaram os preços ofertados. Foi uma das cinco regiões com valorizações para o boi gordo.
No mercado atacadista não houve alterações e as expectativas para o consumo são de mais uma virada de mês sem acréscimo expressivo na demanda.
Frango vivo: Aumento da oferta pressiona cotações neste início do ano
Por Larissa Albuquerque
Os preços do frango vivo no mercado interno caíram neste primeiro mês do ano. Embora as cotações costumeiramente tenham um viés de baixa no primeiro trimestre, considerando um período de menor demanda da população, neste ano o cenário foi agravado por um incremente da oferta.
O presidente da APA (Associação Paulista de Avicultura), Érico Pozzer, explica que houve, em dezembro, um crescimento de 8% a 10% no alojamento de pintos, mesmo sem perspectivas de melhora na demanda.
Agora com dificuldade no escoamento, os preços não evoluem. A cotação base interior de São Paulo caiu 15,25% em janeiro, com média de R$ 2,65/kg. No mesmo mercado, os produtores chegaram a comercializar, em novembro, a ave inteira a R$ 4,50/kg, atualmente a cotação é de R$ 3,70/kg.
Além disso, Pozzer ressalta que há, neste período uma liquidação de aves natalinas que colabora com a pressão nas cotações do vivo. "As festividades de natal e ano novo apresentaram volume de vendas fracas para todos os abatedouros, e agora em janeiro a população está descapitalizada, reduzindo o consumo", lembra o presidente.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no atacado o cenário é semelhante e o recuo no período foi de 0,6%. A carcaça de frango tem sido comercializada, em média, por R$ 3,55/kg.
Em cenário atípico, suinocultores fecham janeiro positivo
Por Larissa Albuquerque
O mercado do suíno vivo surpreendeu em janeiro. Após abrir o mês em forte queda, refletindo o fraco desempenho das vendas externas -, o mercado reverteu à tendência e vêm registrando consecutivas altas.
Tipicamente o primeiro semestre do ano é marcado por cotações pressionadas, visto que as vendas internas e externas não registram bons volumes no período.
Neste mês, porém, a realidade surpreendeu. Em São Paulo, por exemplo, a bolsa de suínos retomou o patamar de comercialização do final de dezembro, em R$ 90/@.
A explicação para esse cenário é o aquecimento na procura por animais, aliado a redução no volume de animais terminados. Conforme relata Pedro Gabone, da Fazenda e Frigorífico Santa Rosa, em São Paulo, as indústrias encontram difícil para cumprir as escalas de abates. “Neste momento, estamos com falta de animais vivos para o abate e, por isso, estamos em busca de animais em outros estados. No meu caso, animais abatidos”, afirmou.
Do lado da oferta houve um aumento no peso dos animais, justificando o melhor volume de suínos terminados no mês passado. "O produtor deixa de entregar aquele volume todo de animal para colocar mais peso, reduzindo a disponibilidade de animais no mercado", explica o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Para o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a tendência para a virada de mês e também para a primeira quinzena de fevereiro é de reajustes nos preços dos cortes da carne suína no atacado, por conta da demanda mais firme prevista para o período, o que é importante também para equilibrar as receitas da atividade.
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