Pesquisadores da Embrapa buscam minimizar efeitos do aquecimento global na cafeicultura

Publicado em 22/01/2010 14:59
Desenvolver pesquisas para minimizar os efeitos do aquecimento global na cultura cafeeira é uma das prioridades do programa de pesquisa, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e conduzido pelas instituições participantes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. Segundo a pesquisadora da Embrapa Café, Mirian Eira, materiais genéticos de grande potencial e maturação diferenciada foram lançados nos últimos anos. Além disso, investimento em estudos buscam selecionar cultivares adaptadas à seca e aos extremos térmicos.
          A pesquisadora explica que os estudos de irrigação do cafezal buscam soluções para reduzir a vulnerabilidade climática da planta. A tecnologia tem evoluído, tanto no desenvolvimento de novos equipamentos e sua aplicação racional, como em novas práticas culturais, como estresse hídrico controlado aliado à adubação balanceada. Mirian também cita as práticas de manejo, como o adensamento e a arborização da lavoura, que atenuam os efeitos do aumento da temperatura nas regiões produtoras de café. Ela informa, ainda, que outros projetos nas áreas de biotecnologia, agroclimatologia e fisiologia do café tratam das características do clima e das plantas, buscando mitigar as condições adversas do aquecimento global e manter o Brasil na liderança da produção mundial da cultura.
         Aquecimento global - Um estudo realizado por especialistas em zoneamento climático da Embrapa e da Universidade de Campinas (Unicamp) concluiu que as culturas de café, milho e soja são as mais suscetíveis aos efeitos do aquecimento global. Segundo o coordenador e técnico da pesquisa, Eduardo Assad, a principal causa da vulnerabilidade do café é o abortamento da florada, provocado pelo déficit hídrico e pelo calor intenso. Porém, ele acredita que este cenário pode ser modificado com trabalhos de biotecnologia e melhoramento genético, tornando as plantas mais tolerantes a essas ameaças.
           De acordo com Assad, as soluções para a adaptação da planta ao clima mais quente já estão sendo pesquisadas. Os estudos em melhoramento genético do café, com base no cruzamento entre as espécies arábica e conilon, poderão criar cultivares mais robustas e capazes de suportar temperaturas mais altas. (Sophia Gebrim, com informações da Embrapa)
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