Café cai em Nova York e Londres pressionado por baixa do real diante do dólar
Os preços futuros do café registraram queda nesta terça-feira (18) na Bolsa de Nova York e Londres. O principal fator apontado como responsável pela redução é a desvalorização do real diante do dólar.
Em Nova York, o contrato julho/24 terminou o dia com desvalorização de 85 pontos, cotado a 226,30 cents/lbp. O setembro teve redução de 105 pontos e foi a 226,25 cents/lbp. O dezembro/24 caiu para 224,85 cents/lbp, redução de 120 pontos. O março/25 perdeu 105 pontos e passou a ser negociado a 223,7 cents/lbp.
O robusta, em Londres, caiu para o mínimo de duas semanas e meia. A sessão desta terça-feira terminou com o contrato julho/24 negociado a US$ 4.1080/tonelada, queda de 55 pontos. O setembro/24 teve redução de 63 pontos, negociado a US$ 3.852/tonelada. A mesma redução foi registrada pelo novembro/24 e pelo janeiro/25, que passaram a valer, respectivamente, US$ 3.852 e US$ 3.704/tonelada.
Conforme apontou o site internacional Barchat, a redução do real frente ao dólar caiu para o menor nível em 17 meses. Esse movimento de desvalorização da moeda brasileira incentiva as vendas para exportação dos produtores de café do Brasil.
Além disso, o Barchet apontou que uma recuperação nos estoques de café da ICE em relação aos níveis historicamente baixos também é negativa para os preços. De acordo com informações do site, os estoques de robusta monitorados pelo ICE retornaram para um máximo de 11 meses na última sexta-feira, com 5.884 lotes.
Em relação ao arábica, apesar de terem caído para o menor nível em 24 anos em novembro de 2023, os estoques se recuperaram para o máximo de 15 meses na última segunda-feira, com 821.091 sacas.
Problemas climáticos dão suporte positivos para os preços
Apesar da queda nesta terça-feira, o Barchart apontou também que os preços do café arábica são apoiados por preocupações de que condições mais secas do que o normal afetarão negativamente as colheitas de café do Brasil.
Fundamento semelhante é registrado pelo robusta, que tem os preços sustentados por receios de que a seca excessiva no Vietnã prejudique as colheitas de café e reduza a produção global.
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