Com queda nos estoques, novos da OIC e oferta restrita, café avança mais de 700 pontos em NY
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (8) com expressiva valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Mais uma vez, os preços tiveram suporte na redução dos estoques certificados da ICE.
Março/22 teve alta de 730 pontos, negociado por 248,95 cents/lbp, maio/22 teve valorização de 710 pontos, cotado por 249,40 cents/lbp, julho/22 teve valorização de 690 pontos, negociado por 248,15 cents/lbp e setembro/22 teve valorização de 665 pontos, cotado por 246,60 cents/lbp.
"A diminuição da oferta global de café alimentou a compra de fundos de futuros de café na terça-feira, depois que os estoques de café arábica monitorados pela ICE caíram para uma baixa de 22 anos de 1,078 milhão de sacas na segunda-feira", destacou a análise do site internacional Barchart. A queda nos estoques é observada no mesmo momento em que o consumo nos Estados Unidos está mais elevado com as baixas temperaturas do inverno no Hemisfério Norte.
"A pandemia está diminuindo nos EUA, o que levará a restrições reduzidas que serão positivas para reuniões sociais e demanda por café. A média de 7 dias de novas infecções por Covid nos EUA caiu para uma baixa de 1 mês e meio na segunda-feira, de 265.700", acrescenta a análise.
Em Londres, o dia também foi marcado por valorização para os preços. Março/22 teve alta de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2246, maio/22 teve valorização de US$ 16 por tonelada, negociado por US$ 2234, julho/22 registrou avanço de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2219 e setembro/22 teve alta de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2214.
A oferta mais restrita do grão gera preocupação em todo o setor. A Organização Internacional do Café (OIC) reduziu sua estimativa de superávit global de café para 1,20 milhão de sacas para 1,20 milhão de sacas, ante uma estimativa de janeiro de 2,41 milhões de sacas. A OIC também informou que as exportações globais de café em 2021/22 de 1º de outubro a 31 de dezembro caíram -1,6% para 31,289 milhões de sacas.
No Brasil, analistas mantém cenário de preços firmes para o café até pelo menos o início da colheita, mas destacam que as chuvas das últimas semanas impedem um avanço ainda mais expressivo para os preços. A safra 22 vai se consolidando com as baixas previstas e as chuvas são positivas e trazem certo otimismo na produção de 2023.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,68% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.530,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,36%, valendo R$ 1.490,00, Araguarí/MG teve alta de 2,04%, cotado por R$ 1.500,00, Varginha/MG teve alta de 3,02%, valendo R$ 1.535,00, Campos Gerais/MG teve valorização de 2,65%, cotado por R$ 1.547,00 e Franca/SP teve alta de 2%, valendo R$ 1.530,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 2,53% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.620,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,61%, cotado por R$ 1.570,00, Varginha/MG teve alta de 2,55%, valendo R$ 1.610,00 e Campos Gerais/MG teve alta de US$ 2,55%, valendo R$ 1.607,00.
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