Café: NY fecha com preços em alta, dólar sobe, mas mercado brasileiro mantém preços estáveis
A quarta-feira (26) foi de avanço para os futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York. As cotações subiram mais de 100 pontos, com o março encerrando o dia com 238,90 centavos de dólar por libra-peso, e o julho com 238,45 cents/lb. As preocupações com a safra do Brasil e as incertezas que rondam seu potencial ainda dão espaço para a subida das cotações no mercado internacional.
Como explicam analistas e consultores, o mercado segue atento à oferta brasileira e às consequências que podem ainda ser enfrentadas pelas regiões produtoras do país de todas as adversidades climáticas que enfrentaram. Já é sabido que o Brasil colherá uma safra menor do que o atualmente estimado pela Conab - de 55,7 milhões de toneladas -, como já afirmam analistas.
Ao Notícias Agrícolas, o engenheiro agrônomo e consultor em cafeicultura, Roberto Thomaziello, afirma que o Brasil tem ambiente para uma safra de 48 a 50 milhões de toneladas e acredita que a última estimativa da Conab foi bastante ousado.
"Os sinais de menores estoques de café e chuvas abaixo da média no Brasil dá suporte aos preços do café. As precipitações limitadas podem comprometer a produtividade brasileira e isso continua sendo monitorado pelos mercado", informa o analista de mercado Rich Asplund, do site internacional Barchart.
De outro lado, um fator negativo para as cotações é a preocupação do aumento dos casos de Covid-19, ainda segundo Asplun, o que poderia provocar novas restrições em algumas partes do mundo dada a seriedade desta nova onda, o que poderia trazer algum impacto negativo sobre a demanda.
PREÇOS NO BRASIL
O dia foi de alta também para o dólar frente ao real. A moeda americana fechou o dia com ganho de 0,11% e valendo R$ 5,44. Ainda assim, as altas para os preços do café no mercado brasileiro foram pontuais, e a maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas concluíram o dia com estabilidade em suas referências.
No tipo 6 bebida dura, Poços de Caldas, em Minas Gerais, registrou uma pequena alta de 0,34% para R$ 1480,00 por saca, enquanto as demais cidades terminaram a quarta-feira com estabilidade, com os indicativos oscilando entre R$ 1385,00 - em Maringá/PR - e R$ 1520,00 em Patrocínio/MG.
Para o cereja descascado a situação foi semelhante e os preços fecharam o dia estáveis, sem variações. A exceção foi também Poços de Caldas, com alta de 0,32% para R$ 1560,00. As demais praças têm indicativos entre R$ 1540,00 - em Espírito Santo do Pinhal/SP - e R$ 1620,00 - em Varginha/MG.
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