Encontro anual da Plataforma Global do Café reúne a cadeia para discutir a importância de parcerias para escalar impactos em sustentabilidade
O Encontro de Membros 2021 teve o diferencial de ser bastante interativo, aproximando os diferentes participantes para um debate franco sobre como escalar impacto no campo, e o papel de membros e parceiros da GCP neste processo.
Houve depoimentos sobre as atividades sendo desenvolvidas no âmbito da iniciativa Uso Responsável de Agroquímicos da GCP: João Paulo Brito, da Exportadora Guaxupé, comentou sobre a construção de depósitos para agroquímicos nas propriedades de produtores que se destacam em ações de sustentabilidade; Mariana Sena, da EISA, mencionou as capacitações em tecnologia de aplicação sendo conduzidas entre os produtores e trabalhadores, mesmo à distância durante a pandemia. Thiego Duarte, da Comexim, discorreu sobre a importância de envolver prefeituras, entidades do setor público e outros parceiros locais para engajar produtores em ações como a devolução de embalagens vazias de agroquímicos, que vem sendo feito nas regiões de atuação da empresa, em parceria de sucesso com o INPEV; e Manoela Duenas, da Olam, destacou o trabalho de traçar planos de ação junto aos produtores atendidos, para melhoria contínua em sustentabilidade (com base nos dados coletados em campo por aplicativo), de forma a monitorar periodicamente os avanços e corrigir os detalhes necessários, orientando os produtores.
Entre os convidados para nortear o painel de discussão, estavam grandes nomes do setor, como Flávia Barbosa, Diretora Executiva da Exportadora de Café Guaxupé, Pedro Malta, Head de Agricultura da Nestlé Brasil e Renata Vaz, Gerente de Exportação & Sustentabilidade da Cooabriel, contemplando as perspectivas da produção, da indústria e da comercialização/exportação.
Flávia destacou que “sustentabilidade virou regra na cafeicultura” enquanto Renata Vaz mencionou a necessidade de se “entender a realidade dos pequenos produtores”, e que apesar do setor notar uma mudança de comportamento entre os produtores (rumo a mais sustentabilidade), ainda há necessidade de treinamentos em diversos temas, do social ao ambiental.
Pedro Malta destacou que “a sociedade está mais sofisticada em relação à sustentabilidade”, visto que não é mais suficiente às empresas apenas desligar de sua cadeia de fornecimento aqueles produtores que porventura não estejam em consonância com a legislação” (citando ocorrências passadas de condições degradantes de trabalho em fazendas), atualmente é preciso coordenar ações efetivas para que o problema seja prevenido e remediado, tendo em vista “exigências não apenas do alto escalão e dos acionistas das empresas, mas também dos consumidores de café”. Neste âmbito se destaca a Iniciativa de Ação Coletiva Bem-Estar Social, sendo coordenada pela GCP junto com CeCafé e InPACTO, para tratar da melhoria das condições de vida e trabalho na cafeicultura, em andamento.
Fato que chamou atenção positivamente foi que o Encontro reuniu 50% de participantes mulheres e 50% homens, mostrando o protagonismo das mulheres no café. Os membros destacaram o alto nível e a maturidade do debate, e elogiaram o formato do evento. Ficou claro que treinamentos e capacitação continuam sendo fundamentais para o desenvolvimento sustentável da cadeia; bem como a integração dos atores e as iniciativas coletivas, extremamente relevantes para contribuir com o processo de melhoria contínua. Um ano muito duro para a cafeicultura termina de maneira promissora e alegre.
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