Em dia de ajustes para os preços, arábica encerra com queda de 2%

Publicado em 31/08/2021 16:58 e atualizado em 31/08/2021 17:39
Já em Londres, conilon teve mais um dia de altas e com suporte nos problemas do Vietnã

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O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (31) com desvalorização de 2% para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/21 encerrou com queda de 400 pontos, valendo 195,90 cents/lbp, março/22 teve queda de 390 pontos, valendo 198,50 cents/lbp, maio/22 registrou baixa de 395 pontos, cotado a 199,45 cents/lbp 199,45 cents/lbp e julho/22 teve queda de US$ 400 por tonelada, valendo US$ 199,95 cents/lbp. 

De acordo com a análise do site internacional Barchart, os preços voltaram a cair com a previsão de chuva para o Brasil na próxima semana. "Caiu drasticamente depois que Maxar disse que chuvas são esperadas nas regiões produtoras de café do Brasil nos próximos dias. Arábica inicialmente registrou uma alta de 1 mês na terça-feira com sinais de safra seca de café no Brasil", afirmou a publicação. 

Apesar das previsões indicaram o retorno da umidade, o cenário ainda é de preocupação com a oferta do Brasil. Com a seca prolongada e os dois episódios de geada, o setor aguarda agora o retorno efetivo das chuvas para entender os reais impactos das adversidades climáticas. Com esse cenário analistas seguem indicando cenário de preços firmes para o café no médio e longo prazo. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os modelos meteorológicos indicam, neste momento, que o retorno da chuva deve acontecer dentro da janela ideal neste anom, diferente do cenário observado no ano passado. As chuvas neste momento levam certo alívio à seca, mas sem continuidade podem trazer ainda mais problemas para o ano que vem. 

Já na Bolsa de Londres, o café tipo conilon retomou as negociações com valorização nesta terça-feira (31). 

Novembro/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 2026, janeiro/22 teve valorização de US$ 11 por tonelada, cotado a US$ 1994, março/22 registrou alta de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 1959, maio/22 teve valorização de US$ 13 por tonelada, cotado a US$ 1947 e julho/22 teve alta de US$ 15 por tonelada, negociado por US$ 1942.

O primeiro-ministro do Vietnã recentemente reforçou as restrições à pandemia e enviou soldados às ruas da cidade de Ho Chi Minh e de outras províncias vizinhas para impor restrições à pandemia que exigem que as pessoas não saiam de casa. 

"Dados no domingo do Departamento Geral de Alfândega do Vietnã mostraram que as exportações de café do Vietnã em agosto caíram -4,5%", complementa o Barchart. Já as exportações cumulativas de café do Vietnã de janeiro a agosto caíram -6,9%. 

No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e também encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,65% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.102,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,39%, negociado por R$ 1.065,00, Araguarí/MG teve queda de 1,79%, valendo R$ 1.100,00, Varginha/MG registrou baixa de 1,75%, valendo R$ 1.120,00, Campos Gerais/MG teve queda de 2,20%, valendo R$ 1.112,00 e Franca/SP teve queda de 2,58%, negociado por R$ 1.135,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 2,53% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.155,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,23%, valendo R$ 1.205,00, Varginha/MG teve queda de 1,71%, valendo R$ 1.150,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 2,09%, valendo R$ 1.172,00.

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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