Café: Com colheita avançando e sem previsão de frio, arábica finaliza semana com desvalorização em NY
O mercado futuro do café arábica encerrou a sexta-feira (2) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). "Os preços do café arábica em NY na sexta-feira caíram drasticamente com o aumento das temperaturas nas áreas de cultivo de café no Brasil, e a ameaça de geada diminuiu. As geadas no início desta semana em algumas áreas de cultivo de café do Brasil anteriormente aumentaram os preços do café", destacou a análise do site internacional Barchart.
Setembro/21 teve queda de 335 pontos, valendo 153,05 cents/lbp, dezembro/21 registrou baixa de 335 pontos, valendo 155,95 cents/lbp, março/22 teve queda de 330 pontos, cotado a 158,65 cents/lbp e maio/22 teve baixa de 325 pontos, valendo 159,90 cents/lbp.
Além disso, as previsões são de clima seco nas áreas cafeeiras brasileiras nos próximos 10 dias, o que deve acelerar a colheita que está um pouco atrasada. A safra de café Brasil 2021/22 foi 48% concluída em 29 de junho, de acordo com um relatório da Safras & Mercado na quinta-feira, que igualou o nível do ano passado, mas ficou um pouco atrás da média de 5 anos de 51%.
Mesmo com as geadas registradas no parque cafeeiro, no acumulado semanal o contrato Setembro/21, principal referência no mercado, teve queda de 5,93% no acumulado semanal. A valorização do dólar ante ao real e a retomada dos embarques da Colômbia ajudaram a pressionar o mercado.
Em relação às geadas no Brasil, produtores das principais áreas do país confirmaram o evento climático, mas especialistas afirmam que é preciso aguardar para saber os impactos na produção. A preocupação do setor é com a produção do ano que vem, que também deve sentir os impactos da severa seca.
De acordo com Haroldo Bonfá, os preços voltam a cair depois que o frio se afastou das áreas produtoras do Brasil. "O frio já foi, aquele momento de preocupação passou e com isso o mercado recua", afirma o analista de mercado da Pharos Consultoria. Ressalta, no entanto, que o inverno acabou de começar no Brasil e que o mercado deve seguir atento ao clima no Brasil, focando na produção do ano que vem.
Na Bolsa de Londres, o café conilon encerrou com ajustes técnicos após passar a maior parte com valorização neste pregão. Setembro/21 teve alta de US$ 6 por toneladda, valendo US$ 1707, novembro/21 teve queda dde US$ 6 por tonelada, cotado por US$ 1699, janeiro/22 teve queda de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1691 e março/22 teve queda de US% 25 por tonelada, valendo US$ 1686.
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No acumulado semanal, a principal referência teve queda de 0,23%. As cotações do conilon mantêm suporte na perspectiva de redução na oferta do Vietnã. A falta de contêineres na Ásia limitou as exportações de robusta do Vietnã. O Escritório de Estatísticas Gerais do Vietnã informou na terça-feira que as exportações de café do Vietnã em junho caíram -13,8%.
No Brasil, o mercado físico teve um dia de desvalorização nas principais praças de comercialização.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,58% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 852,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,59%, valendo R$ 840,00, Araguarí/MG teve queda de 1,18%, valendo R$ 840,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 0,59%, cotado por R$ 849,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 855,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,98% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 890,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,57%, cotado por R$ 870,00, Campos Gerais/MG teve desvalorização de 0,55%, valendo R$ 909,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 880,00 e Varginha/MG manteve por R$ 915,00.
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