Café: Com chuvas no BR e retomada da Colômbia, arábica perde mais de 2% na semana

Publicado em 18/06/2021 17:10
Para analistas, no entanto, cenário ainda é de preços firmes para o café

LOGO nalogo

Depois de operar a maior parte do pregão com desvalorização, o mercado futuro do café arábica reagiu na reta final e encerrou a sexta-feira (18) com leves altas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

+ Com maturação irregular, colheita de café no sul de Minas Gerais tem um mês de atraso, aponta Minasul

Os principais contratos registraram valorização de 35 pontos. Setembro/21 encerrou negociado por 151,95 cents/lbp, dezembro/21 por 154,95 cents/lbp, março/22 teve alta de 30 pontos, valendo 157,60 cents/lbp e maio/22 teve alta de 30 pontos, valendo 159 cents/lbp. 

Mesmo com a valorização neste pregão, no acumulado semanal o contrato com vencimento em Setembro/21, principal referência no mercado, recuou 2,72%. Segundo análise do site internacional Barchart, o mercado foi pressionado pelas chuvas dos últimos dias em Minas Gerais e pela liberação dos embarques da Colômbia. "Os preços do café estão sob pressão depois que a Federação Nacional dos Cafeicultores disse na quinta-feira que a remoção dos bloqueios na Colômbia permitiu que o café fosse levado aos portos e as exportações fossem retomadas", voltou a destacar o site internacional Barchart. 

+ Com altas puxadas pelos fertilizantes, custo de produção na cafeicultura está 50% mais elevado

Já para analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, o cenário segue sendo de preços firmes para o Brasil, principalmente pela redução na oferta de café do Brasil nesta safra. "As notícias a respeito dos fundamentos continuam as mesmas. Apontam um quadro preocupante para o abastecimento do mercado de café, brasileiro e mundial. As torrefações no mercado interno brasileiro encontram sérias dificuldades para se abastecerem no ritmo normal. A nova safra entra no mercado com velocidade menor que a habitual, em mais um sinal de quebra com a bienalidade e problemas climáticos", destaca Eduardo Carvalhaes. 

Em Londres, o café tipo conilon também encerrou com valorização. Setembro/21 teve alta de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1616, novembro/21 subiu US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1637, janeiro/22 encerrou com valorização de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1651 e março/22 teve alta de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1663. 

>>> Leilão do governo para contratação de energia adicional de usinas a biomassa deve sair nos próximos dias

No acumulado semanal, o contrato com vencimento em setembro/21 registrou valorização de 1,25% em Londres. "O café conilon tem apoio com as preocupações de que a falta de contêineres na Ásia limitará as exportações de robusta do Vietnã, o maior produtor mundial de conilon", destaca a análise do site internacional.  

No Brasil, o mercado físico teve um dia de variações mistas nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,60% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 837,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,19%, valendo R$ 830,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,62%, valendo R$ 815,00 e Franca/SP finalizou sem variações, valendo R$ 825,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 0,56% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 890,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 2,27%, negociado por R$ 860,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,60%, valendo R$ 840,00. 

>>> Veja mais cotações aqui

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário