Café tem semana de correção e recua 1,60% em NY: Mercado segue focado na redução na oferta global
O mercado futuro do café arábica encerra a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Julho/21 tinha teve queda de 125 pontos, negociado por 157,45 cents/lbp, setembro/21 teve baixa de 120 pontos, valendo 159,60 cents/lbp, dezembro/21 registrou queda de 120 pontos, valendo 162,55 cents/lbp e março/22 encerrou com baixa de 120 pontos, valendo 165,15 cents/lbp.
"Os preços do café arábica caíram com o relatório desta sexta-feira da Safras & Mercado informando que as vendas de café arábica de 2021/22 no Brasil estavam 43% concluídas em 8 de junho, o que é mais rápido do que o número comparável do ano passado de 37% e a média de 5 anos de 27%", destacou a análise do site internacional Barchart.
A semana foi marcada por quedas para o café, após várias sessões de altas expressivas nos dois últimos meses. O contrato com vencimento em setembro/21, principal referência no mercado, teve queda de 1,60% no acumulado semanal. A correção já esperada por analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, que mantêm a projeção de preços firmes no curto prazo.
Do lado positivo para os preços, o mercado segue acompanhando a redução da oferta brasileira. De acordo com números também divulgados pela Safras & Mercado, a produção do Brasil deve ter uma queda de 16%, consequência da irregularidade climática.
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Além disso, o setor cafeeiro segue acompanhando os problemas logísticos na Colômbia, que ainda não voltou a normalidade e pelo menos 800 mil sacas de café já deixaram de chegar no mercado global. Segundo números divulgados pela Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), somente no mês de maio a exportação colombiana registrou queda de 52%.
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Em Londres, o café tipo conilon teve um dia de estabilidade. Julho/21 teve alta de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1592, setembro/21 registrou valorização de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1619, novembro/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1638 e janeiro/22 registrou valorização de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1652.
No acumulado semanal, o contrato com vencimento em setembro/21 registrou valorização de 0,48%. A alta foi motivada pela queda de exportação de café tipo conilon do Vietnã - maior produtor do grão.
"O conilon tem o apoio de preocupações com o fornecimento, já que a falta de contêineres na Ásia está limitando as exportações do café conilon. O Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou na quinta-feira que as exportações de café de janeiro a maio caíram -12% para 715.263 toneladas", acrescenta o site Barchart.
No Brasil, o mercado físico encerra a semana com variações mistas nas principais áreas produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,57% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 875,00, Araguarí/MG teve queda de 1,16%, negociado por R$ 850,00, Varginha/MG teve alta de 0,56%, negociado por R$ 890,00, Franca/SP teve queda de 0,57%, valendo R$ 870,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 885,00 e Patrocínio/MG manteve por R$ 870,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,55% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 915,00 e Varginha/MG registrou valorização de 0,53%, negociado por R$ 942,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 940,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 895,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 944,00.
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