Café finaliza primeiro pregão da semana com quedas técnicas em NY e estabilidade em Londres
A semana começou com baixas técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Julho/21 teve queda de 110 pontos, negociado por 149 cents/lbp, setembro/21 também recuou 110 pontos, valendo 151 cents/lbp, dezembro/21 teve queda de 105 pontos, negociado por 153,70 cents/lbp e março/22 teve baixa de 100 pontos, valendo 156,05 cents/lbp.
Com as baixas deste pregão o mercado devolveu parte dos ganhos da última semana. A correção nos preços já era esperado por analistas, que afirmam que no curto prazo o cenário ainda é de preços firmes para o café, considerando principalmente a oferta mais restrita e uma demanda mais aquecida no segundo semestre. Além disso, o setor cafeeiro segue acompanhando os problemas logísticos enfrentados pelo produtor da Colômbia.
Já a análise do site internacional Barchart, afirma que os preços do café caíram na segunda-feira pelo segundo dia, já que a perspectiva de chuva nas áreas de cultivo de café no Brasil amenizou algumas preocupações com a seca. "A Somar Meteorologia previu 20 mm de chuva nas áreas de cultivo de café do Brasil nesta semana, com volumes de chuva de 20 a 40 mm em Minas Gerais até 2 de junho", destacou a publicação.
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É importante ressaltar, no entanto, que as chuvas aliviam o estresse hídrico, mas as perdas na safra 21 já são consolidadas. De acordo com os números da Conab, a baixa pode chegar até 39% na produção de arábica neste ano. Além disso, a preocupação do cafeicultor já se estende a safra de 2022, que na teoria seria de ciclo alto para o Brasil. Ainda não se sabe o tamanho do impacto da severa seca para a produção do ano que vem.
Do lado negativo para os preços, o Barchart destaca uma recuperação nos estoques certificados da ICE. "Os estoques de café arábica da ICE na segunda-feira subiram para uma alta de 14 meses de 2,068 milhões de sacas, se recuperando ainda mais da baixa de 21 anos de 1,096 milhões de sacas registrada em 5 de outubro", complementa.
Segundo Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, essa recuperação nos estoques também já era um movimento esperado pelo setor. De acordo com o especialista, sabendo da quebra de oferta no Brasil, o mercado também já faz o rebasteciamento entendendo os fundamentos de alta para os preços.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um dia de estabilidade. Julho/21 encerrou por US$ 1478, setembro/21 teve alta de US$ 1 por tonelada, negociado por US$ 1504, novembro/21 teve alta de US$ 1 por tonelada, negociado por US$ 1521 e janeiro/22 encerrou por US$ 1533, sem alterações.
No Brasil, o mercado físico registrou variações de técnica nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,58% em Guaxupé/MG, valendo R$ 857,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,49%, negociado por R$ 815,00, Araguarí/MG teve queda de 2,30%, valendo R$ 850,00, Campos Gerais/MG teve queda de 0,59%, negociado por R$ 846,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 845,00.
O café tipo cereja descascado teve queda de 0,55% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 908,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,47%, negociado por $R 850,00, Varginha/MG teve queda de 1,09%, valendo R$ 910,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 0,55%, negociado por R$ 906,00.
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