IBGE prevê produção brasileira de café em 46 milhões de sacas na safra 2021/2022
Estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil deve colher, na safra 2021/2022, cerca de 46,7 milhões de sacas de 60 kg de café. Na comparação com a safra passada, a produção total do grão deverá recuar 24,3%, com uma menor produção de arábica devido à seca e ao ano de baixa produtividade da cultura.
Segundo o IBGE, a área plantada apresenta declínio de 5,1% e a área a ser colhida, de 5,3%. Para o café arábica, a produção estimada foi de 31,8 milhões de sacas, declínio de 1% em relação ao mês anterior e de 33,2% na comparação com 2020, que teve uma produção recorde.
“Em 2021, a safra de arábica será de bienalidade negativa, o que deve resultar em uma retração expressiva da produção. Além disso, o clima quente e seco na maior parte de 2020, principalmente quando as flores estavam abrindo no segundo semestre, pode ter limitado o desenvolvimento das lavouras, resultando em frutos menos pesados”, informou o instituto.
Já a safra de café canéfora (robusta ou conilon) deverá atingir 15,2 milhões de sacas, com crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior e aumento de 5,4% em relação a 2020. No Espírito Santo, maior produtor brasileiro da espécie, a estimativa encontra-se em 10,4 milhões de sacas, crescimento de 0,7% em relação ao mês anterior e de 10,5% na comparação com 2020.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá divulgar sua segunda projeção de safra de café do Brasil no final do mês.
A colheita do canéfora deve ganhar força nos próximos dias no Espírito Santo, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que também afirmou que há catações pontuais de café arábica em todas as regiões, “mas a colheita deve ser efetivamente iniciada após a segunda quinzena de maio, ganhando ritmo em junho”.
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