Café acompanha demais commodities e cai mais de 300 pts em dia de aversão ao risco
A quinta-feira (18) foi marcada por um dia de quedas expressivas para o mercado futuro do café. As cotações acompanharam o movimento de queda que atingiu não só o café, mas também outras commodities agrícolas como açúcar, soja, milho, trigo e principalmente do petróleo.
Na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o contrato com vencimento em maio/21 teve queda de 360 popntos, negociado por 129,95 cents/lbp, julho/21 registrou queda de 355 pontos, valendo 131,95 cents/lbp, setembro/21 registrou baixa de 345 pontos, negociado por 133,90 cents/lbp e dezembro/21 operou com queda de 345 pontos, negociado por 135,95 cents/lbp.
Em Londres, o café conilon com vencimento em maio/21 teve queda de US$ 26 por tonelada, negociado por US$ 1386, julho/21 registrou queda de US$ 25 por tonelada, valendo US$ 1411, setembro/21 teve queda de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1432, novembro/21 registrou queda de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1449 e janeiro/21 teve queda de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 1464.
A desvalorização deste pregão colocou o as negociações do café abaixo dos 130 centavos de dólar por libra-peso, caindo para a baixa de uma semana. "Um dólar mais forte na quinta-feira reduziu os preços da maioria das commodities, incluindo o café", destacou a análise do site internacional Barchart.
Ainda de acordo com a publicação, além dos fatores externos, mais uma vez o mercado futuro foi pressionado pelas chuvas no Brasil. "A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas da semana passada em Minas Gerais, a maior região produtora de arábica do Brasil, mediram 45,2 mm, ou 104% da média histórica", comentou. Vale destacar, no entanto, que as baixas para a safra 21 do Brasil já são dadas como certas, e que as chuvas dos últimos meses não recuperam os danos causados pela estiagem.
Segundo analistas internacionais, as baixas fortes no petróleo vêem de preocupações com a demanda e a forma como a incerteza e a insegurança sobre como a retomada da economia global pode impactrar sobre estes mercados. O atraso do processo de vacinação em diversos países ajuda a pesar sobre as incertezas e deixa os mercados ainda mais cautelosos e na defensiva, como se observou nesta quinta.
Do lado positivo, analistas destacam que os preços do café também têm o apoio de especulações de que a demanda por café vai melhorar à medida que o ritmo das vacinações se acelera e a pandemia recua, o que permitirá a reabertura de mais restaurantes e cafeterias. A perspectiva é baseada principalmente na vacinação nos Estados Unidos e na Inglaterra, importantes consumidores do café brasileiro.
No Brasil, o dia foi marcado por queda nas principais praças produtoras do país, acompanhando o exterior.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda 2,46% em Guaxupé/MG, negociado por R$ R$ 754,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,35%, negociado por R$ 730,00, Varginha/MG teve baixa de 1,95%, negociado por R$ 755,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 2,60%, negociado por R$ 711,00 e Franca/SP finalizou com baixa de 2,60%, estabelecendo os preços por R$ 750,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 3,03% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 799,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,28%, negociado por R$ 770,00, Varginha/MG teve queda de 2,38%, estabelecendo os preços por R$ 820,00 e Campos Gerais/MG fechou com queda de 2,53%, valendo R$ 770,00.
*Com informações de Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
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