Rabobank: Brasil deve aprovar de 400 a 900 mil sacas de cafés certificados na ICE em 2021

Publicado em 21/12/2020 11:59 e atualizado em 21/12/2020 12:29

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Segundo dados divulgados pelo banco Rabobank, é esperado que entre 400 a 900 mil sacas de cafés brasileiros sejam aprovados nos estoques certificados na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Até o último dia 17 de dezembro, os estoques contavam com 1 milhão e 374 sacas, desse montante, 312 trata-se de café brasileiro. A maior parte do estoque segue sendo representado pelo café hondurenho. 

Guilherme Morya, analista de mercado do Rabobank, destaca que na teoria o Brasil tem capacidade para abastecer os estoques certificados desde 2013, mas que foi apenas em 2020 que o movimento de entrega intensificou. "Os números surpreendem porque antigamente eram bem baixos e agora é em torno de 20%", afirma o especialista. 

O ano de 2020 foi marcante para a ICE. Em outubro foi registrada a maior baixa dos últimos 20 anos, indicando uma mudança no padrão do consumo durante a pandemia do Coronavírus. Ainda assim, vale destacar, que as exportações brasileiras se mantiveram forte ao longo do ano, com tendência de demanda aquecida durante o primeiro trimestre do ano que vem. 

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A Conab divulgou na semana passada que a safra 2020 do Brasil é recorde com 63 milhões de sacas. Guilherme destaca que além de volumosa, a qualidade do café também ficou acima da média, o que deve ajudar a promover esse aumento da oferta brasileira na ICE. "O Brasil teve a oportunidade de produzir esse café de qualidade esse ano. Nós esperamos até 900 mil sacas, mas a quantidade de 400 mil sacas durante todo o ano é bastante realista", comenta.

Além das condições climáticas no Brasil, problemas enfrentados em Honduras devem dar suporte para a entrada do café brasileiro em Nova York. Após enfrentar dois furacões seguidos, as informações oficiais indicam que o impactado tenha sido para o setor de logística no país hondurenho, o que deve levantar dificuldades na entrega dos cafés. "As informações que nós temos é que ainda estariam mensurando os impactos e ainda não sabe realmente quanto da produção foi afetada", diz Guilherme.

Falando em mercado, Morya destaca que os estoques baixos podem dar novo suporte de alta para os preços no mercado futuro. "Uma vez que os estoques estão mais baixos, os preços tendem aumentar", comenta. Vale lembrar que os volumes mais baixos, neste momento, vão de encontro com a chegada do inverno nos Estados Unidos, justamente o período de maior consumo de café no país. 

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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