Café volta a subir em Londres e Nova York; dólar e falta de chuvas deram suporte aos preços
O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta quinta-feira (5) com valorização acima dos 200 pontos. O mercado chegou a registrar altas cima de 300 pontos, mas limitou os ganhos perto do fechamento. "Em mais um dia de queda para o dólar, o mercado volta a subir de maneira mais expressiva no exterior", destacou a análise do site internacional Barchart.
Dezembro/20 teve alta de 295 pontos, valendo 105,95 cents/lbp, março/21 subiu 280 pontos, negociado por 108,45 cents/lbp, maio/21 teve valorização de 275 pontos, valendo 110,10 cents/lbp e julho/21 teve alta de 265 pontos, valendo 111,75 cents/lbp.
Além do câmbio, as condições das lavouras brasileiras seguem no radar do mercado. O Itaú BBA divulgou nesta quinta-feira que a safra de 2021 deve ter uma quebra entre 14% e 21%, consequência das altas temperaturas na florada e baixos volumes de chuvas desde março nas principais áreas produtoras do Brasil.
"Para o café arábica, consideramos um cenário com queda de 20% sobre a produção deste ano, que foi de 47,8 milhões de sacas, e outro mais forte com quebra de 30%, que acreditamos ser menos provável. Isso significará reduções da safra total (arábica + robusta)entre 14% (58,3 milhões de sacas) e 21% (53,6 milhões de sacas)", destacou a análise.
Segundo Eduardo Carvalhaes, analista de mercado, apesar dos números chamarem a atenção, até o momento a movimentação pode ser vista como correção na Bolsa, considerando as quedas dos últimos dias. Além disso, mesmo com altas acima de 300 pontos, falando em reais por sacas, os valores ainda não chegam ao fechamento de terça-feira, que foi de R$780,28. Na sexta-feira passada fecharam valendo R$792,42.
No Brasil, o mercado físico encerrou o dia com variações mistas nas principais regiões produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,88% em Guaxupé/MG, valendo R$ 563,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,93%, negociado por R$ 540,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,91%, negociado por R$ 553,00 e Franca/SP teve valorização de 2,73%, valendo R$ 565,00.
O café tipo cereja descascado teve queda de 0,82% em Guaxupé/MG, valendo R$ 605,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,85%, negociado por R$ 590,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,82%, sendo negociado por R$ 613,00.
O café tipo conilon também encerrou o dia com valorização. Janeiro/21 teve alta de US$ 26 por tonelada, valendo US$ 1339, março/21 teve alta de US$ 24 por tonelada, negociado por US$ 1350, maio/21 teve alta de US$ 23 por tonelada, negociado por US$ 1363 e julho/21 registrou valorização de US$ 23 por tonelada, negociado por US$ 1380.
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SAULO ANTONIO MELO SIQUEIRA Cássia - MG
CAFÉ: Queda entre 14 e 21 %? Nem se dobrar acertam. Será que analistas têm percorrido as lavouras do sul/sudoeste e triânguli mineiro? Ainda a alta mogiana em SP? A ´´coisa`` está muito mais feia do que eles imaginam. A quebra da safra de arábica é de no mínimo, mas mínimo mesmo, de 35%... Antes de opinarem deveriam dar um ´´passeio`` pelas lavouras. Aí veriam o tamanho da asneira que estão falando. A quebra é mais que assustadora. É terrível.