Café: NY finaliza com quedas, mas condições do clima no BR podem dar suporte de alta nos próximos dias

Publicado em 09/09/2020 17:10

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O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (9) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/20 teve queda de 325 pontos, valendo 128,85 cents/lbp, março/21 teve queda de 310 pontos, valendo 129,65 cents/lbp, maio/21 teve baixa de 305 pontos, negociado por 130,45 cents/lbp e julho/21 encerrou valendo 131,30 cents/lbp e desvalorização de 131,30 cents/lbp.

As condições do clima em Minas Gerais voltou a ser destaque na análise do site internacional. Segundo o Barchart, os preços podem voltar a subir nos próximos dias sustentados pela preocupação com a seca na maior região produtora do país. "A Somar Meteorologia disse na terça-feira que a maioria das regiões produtoras de café no Brasil não receberia chuvas significativas até 25 de setembro. Os níveis de umidade do solo em Minas Gerais estão atualmente apenas de 20% a 30%, abaixo do nível ideal de 60% para o desenvolvimento da cultura", comenta. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, engenheiro agrônomo da Procafé destacou que a estiagem é mais severa dos últimos anos e a nova safra já deve iniciar com potencial de perda, consequência do déficit climático que não atinge só Minas Gerais, mas também a produção da Alta Mogiana, em São Paulo. 

De acordo com o analista Eduardo Carvalhaes, após altas expressivas na última semana é natural que o mercado realize sessões com realização de lucros e correções. "Os preços do café estão se consolidando após uma tendência de alta nas últimas quatro semanas, devido aos estoques em queda. Os estoques de café arábica monitorados pela ICE na sexta-feira caíram para uma baixa 2 anos, com 1,18 milhão de sacas", voltou a destacar o site internacional Barchart em sua análise diária. 

 

>>> Estiagem no café é a mais severa dos últimos anos: Nova safra já começa com potencial de perda em Minas Gerais e na Alta Mogiana

No Brasil, as cotações acompanharam o exterior e finalizaram o pregão com baixas nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,37% em Guaxupé/MG, valendo R$ 617,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 1,63%, negociado por R$ 605,00, Patrocínio/MG registrou desvalorização de 3,23%, negociado por R$ 600,00, Araguarí/MG teve queda de 1,64%, negociado por R$ 600,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 3,17%, negociado por R$ 610,00 e Franca/SP teve queda de 0,81%, valendo R$ 610,00.

O tipo cereja descascado teve baixa de 2,22% em Guaxupé, negociado por R$ 660,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 1,50%, valendo R$ 655,00, Patrocínio/MG registrou queda de 2,99%, valendo R$ 650,00, Varginha/MG teve baixa de 1,47%, valendo R$ 670,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 2,90%, estabelecendo os preços por R$ 670,00. 

Conilon 

Já em Londres, o café tipo conilon finalizou o pregão com poucas variações na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe).. Novembro/20 teve alta de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 1416, janeiro/21 teve valorização de US$ 5 por tonelada, valendo US4 1428, março/21 teve alta de US$ 4 por tonelada, negociado por US$ 1441 e maio/21 finalizou com alta de US$, negociado por US$ 1454.

Segundo o site internacional Barchart, a expectativa de uma quebra na produção no Vietña tem dado suporte aos preços do café. Na semana passada, segundo maior exportador de café do Vietnã, previu que a produção de 2020/21 pode cair -4,8%. 

+ Previsão estendida sinaliza chance de chuvas para o Sudeste, mas ainda de maneira irregular

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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