Café: NY reage, volta a subir e rompe barreira de 100 cents/lbp no Março/20
Após quatro sessões de movimentações técnicas na Bolsa de Nova York (ICE Future US), os principais contratos do mercado futuro do café arábica voltaram a subir e encerraram as cotações com alta na sessão desta segunda-feira (10).
Março/20 subiu 195 pontos, cotado a 100,30 cents/lbp, maio/20 subiu 160 pontos, valendo 102,10 cents/lbp, julho/20 teve alta de 155 pontos, cotado a 104,25 cents/lbp e setembro/20 registrou valorização de 145 pontos, sendo negociado por 106,25 cents/lbp.
Com altas desta segunda-feira, Nova York rompe a barreira dos 100 cents/lbp. Durante toda a semana passada, o contrato de referência março/20 foi negociado abaixo deste valor, deixando todo o setor cafeeiro preocupado com os preços tão abaixo do que era esperado. As movimentações, apesar de mais altas, também são consideradas movimentações de recuperação pelo mercado.
Mais uma vez, as previsões de chuvas para as regiões produtoras no Brasil chamaram atenção de operadores em Nova York. "O café arábica também estava sob pressão nas notícias de segunda-feira sobre as amplas chuvas no Brasil, que devem aumentar a produção e a produção de café. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, mediram 102,8 mm na semana passada, ou 248% da média histórica", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.
O mercado interno físico brasileiro sentiu os impactos dos preços mais baixos em Nova York na última semana e o número de negócios fechados também caiu.
"O mercado físico brasileiro permaneceu fortemente comprador, mas o número de negócios fechados continua bem abaixo da média. Como temos repetido, o volume de café em mãos de produtores é pouco para as necessidades de um mercado como o brasileiro e esses produtores que ainda têm café não se mostram dispostos a entregar seus lotes nas bases de preços atuais", afirmou o Escritório Carvalhaes em seu último relatório semanal.
Nesta segunda-feira o mercado interno acompanhou o exterior variações nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 duro teve alta de 2,15% em Guaxupé/MG, estabelecendo os valores por R$ 475,00. Patrocínio/MG teve alta de 1,08%, por R$ 470,00. Varginha/MG registrou alta de 1,04%, cotado a R$ 485,00. Espírito Santo do Pinhal/SP teve a alta mais expressiva, com valorização de 4,35%, cotado a R$ 480,00. Franca/SP registrou alta de 2,17%, valendo R$ 470,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 456,00. assim como Araguarí/MG que manteve a estabilidade por R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou alta de 2,13%, estabelecendo os preços por R$ 480,00. Varginha/MG registrou alta de 1,03%, cotado por R$ 490,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 466,00.
O tipo cereja descascado subiu 0,99% em Guaxupé/MG, cotado a R$ 510,00. Varginha/MG subiu 4%, valendo R$ 520,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 522,00, assim como Patrocínio/MG que não registrou variações, mantendo o valor de R$ 52,00.
1 comentário
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luiz salutti garça - SP
Os operadores de mercado e todos os envolvidos tem de entender que as ótimas chuvas que vem caindo na regiões produtoras não vão fazer aumentar a produção (porque não vai mais nascer flores e grão até a colheita maio\junho)... o que essa chuva vai fazer é assegurar essa produção que já está para ser colhida (e evitar mais perdas do que já ocorreu ate agora)... Então há neessidade de se esclarecer para os leigos a diferença de assegurar a safra e aumentar a safra... e esse site de renome e confiável deveria fazer essa correção, pois os especuladores lá de fora quando lêem que vamos aumentar a safra, eles correm para o lado vendedor e nós, produtores, perdemos a oportunidade de vender com lucro -- e só realizamos prejuízo..., então a ajuda da mídia nessa hora é importante... a chuva ajuda muito mas não faz milagre da reprodução... obrigado e bons negócios a todos