Café tem poucas movimentações nesta 5ª; clima no Brasil sustentam preços em NY
O mercado futuro do café arábica teve uma sessão tranquila, sem muitas variações nesta quinta-feira (30). Durante esta semana, movimentações expressivas foram registradas na Bolsa de Nova York (ICE Future US) e o mercado do café também sentiu os impactos do setor financeiro, com a pressão por conta do Coronavírus. Além disso, na sessão da quarta-feira (29), as cotações voltaram a cair após novas estimativas de safra serem divulgadas para a produção café brasileiro.
Março/20 encerrou as negociações com desvalorização de 55 pontos, cotado a 101,50 cents/lbp, maio/20 teve baixa de 60 pontos, valendo 103,65 cents/lbp, julho/20 desvalorizou 60 pontos, negociado por 105,95 cents/lbp e setembro/20 também registrou baixa de 60 pontos, encerrando o dia por 108 cents/lbp.
Segundo o site internacional Barchart, o dia foi tranquilo após novas informações sobre o clima nas principais regiões produtoras do país. "A Consultora de Meteorologia Rural Clima disse quinta-feira que as lavouras de café do Brasil enfrentam condições "excepcionais" de desenvolvimento em meio a chuvas frequentes e sol nesta semana", destacou em sua análise diária.
Preços em baixa
Produtores de café vêm enfrentando quedas nos preços de Nova York desde a primeira semana de janeiro. Segundo analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, as baixas ao longo deste mês ainda são reflexos das altas expressivas que marcaram o setor durante o mês de dezembro.
Nesta quinta-feira (30) a agência de notícias Reuters divulgou uma pesquisa, onde foram analisados 11 traders e analistas, afirmando que o susposto crescimento na produção brasileira de café pode fazer com que as cotações em 2020 terminem mais baixas, quando comparados com os números de 2019.
Segundo a Reuters, os preços do arábica terminarão 2020 em 1,20 dólar por libra-peso, de acordo com a previsão mediana dos participantes da pesquisa, mas ainda 7% abaixo do fechamento do mercado no final de 2019. Os preços caíram 19% até agora este mês, em parte devido ao aumento dos estoques da bolsa ICE e à perspectiva de uma safra recorde no Brasil neste ano.
Em contrapartida, analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas acreditam que os preços podem voltar a subir a partir do segundo semestre, com a entrada da nova safra. Além disso, até meados de julho, analistas acreditam que os preços devam ficar entre 110 e 130 cents/lbp.
Saiba mais: Pesquisa aponta baixa nos preços do café em 2020
No Brasil, o mercado interno acompanhou Nova York e poucas variações foram registradas nesta quinta-feira. Confira:
O tipo 6 duro registgrou alta de 1,08% em Guaxupé/MG, cotado a R$ 470,00. Em Varginha/Mg a desvalorização foi de 1,01%, com preços estabelecidos por R$ 490,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 456,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 460,00. Araguarí/MG manteve os preços de R$ 470,00. Franca/SP também não registrou variações, mantendo o valor de R$ 460,00.
O tipo 4/5 registrou baixa apenas em Varginha/MG, com desvalorização de 1% e preços estabelecidos por R$ 495,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ e Franca/SP manteve o valor de R$ 470,00.
O tipo cereja descascado teve alta apenas em Guaxupé/MG, com valorização de 0,99%, estabelecendo os preços por R$ 510,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 522,00, Patrocínio/MG por R$ 500,00 e Varginha/MG também não registrou variações, mantendo os valores de R$ 510,00.
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