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CNC e Abic destacam parceria entre produtores e industriais

Publicado em 08/11/2019 14:20
Durante o 27º Encafé, presidentes das entidades abordam a necessidade de sinergia para o fortalecimento da cafeicultura

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou, na quarta-feira, 6 de novembro, da abertura do 27º Encontro Nacional da Indústria de Café (Encafé), realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), no resort Transamérica Ilha de Comandatuba, em Una, Bahia.

Em sua 27ª edição, o maior encontro das indústrias cafeeiras do país promoveu importantes debates sobre tendências de consumo, qualidade, inovação, sustentabilidade e oportunidades de negócios para agregação de valor ao produto.

O presidente da Associação, Ricardo Silveira, em seu discurso, expôs que o setor está mais otimista e que o consumo da bebida, ainda que não alcance o volume de 2018, ficará acima da expectativa neste ano.

"A Abic tem papel preponderante para o significativo consumo interno de café no Brasil, sendo responsável por criação e implantação de programas pioneiros de certificação e que visam à máxima pureza da bebida ao consumidor, o que estimula e tranquiliza a população a continuar degustando nosso café", elogia Silas Brasileiro.

O presidente do Conselho enaltece a postura de Silveira à frente da Abic e, "como via de mão dupla", cita que é importante a parceria entre cafeicultores e industriais, que são os principais clientes da produção.

"Muitos industriais também são cafeicultores e entendem a realidade do campo. A postura do presidente Ricardo, de querer contribuir com a produção e entender que o CNC é fundamental para que haja sustentabilidade na atividade, vem ao encontro de nosso trabalho, que é o de conciliar todos os segmentos em busca dos melhores caminhos a todos os elos da cadeia produtiva", comenta.

Segundo Brasileiro, o investimento feito pela Abic na coleta para análise da qualidade e todo o trabalho de certificação desenvolvido são de vital importância para toda a cadeia, pois evidencia o profissionalismo desde as pesquisas e a seleção das variedades, os tratos culturais e trabalhos de colheita e pós-colheita, focados na sustentabilidade, que chegam aos consumidores através das indústrias.

"A cadeia é interligada e complementar. Do lado da produção, sempre apoiamos iniciativas e trabalhos que externem cada vez mais a qualidade do que fazemos e impliquem melhores e mais saudáveis cafés ao consumidor final", conclui o presidente do CNC.

FUNCAFÉ
Na esteira de trazer à tona temas relevantes, o Encafé contou com a participação do diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese. No evento, ele comentou que o governo retomará recursos das linhas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) que foram repassados aos agentes, mas que ainda não foram aplicados.

Segundo ele, ainda neste mês, será feita uma chamada para cerca de R$ 500 milhões inaplicados do Funcafé para serem ofertados a outras instituições financeiras. “Esse é um pleito que o CNC conduziu junto ao Mapa com o objetivo de otimizar a aplicação dos recursos do Fundo e fazer com que cheguem ao maior número possível de produtores”, destaca o presidente Silas Brasileiro.

CONSUMO INTERNO
Também no 27º Encafé, a Euromonitor projetou que os brasileiros deverão consumir, em 2019, 1,2 milhão de toneladas (20 milhões de sacas de 60 kg), com o país se mantendo na liderança do consumo de café quente (se incluído o café gelado, os Estados Unidos são os maiores consumidores globais). A estimativa da consultoria é que, em média, cada cidadão consuma 890 xícaras neste ano. O faturamento do setor deve somar R$ 26,3 bilhões.

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Fonte:
CNC

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