Café: Futuros do arábica testam máximas de 4 meses nesta 3ª feira na Bolsa de Nova York
Os contratos futuros do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (04) com alta próxima dos 200 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado tocou máximas de quatro meses com o câmbio e informações sobre o tempo em plena colheita no Brasil.
O vencimento julho/19 teve alta de 190 pontos, a 105,65 cents/lb e o setembro/19 avançou 190 pontos, a 108,20 cents/lb. O dezembro/19 fechou o dia com ganhos de 180 pontos, a 111,75 cents/lb e o março/20 registrou 115,20 cents/lb e 175 pontos positivos.
O mercado do arábica na ICE chegou a testar máxima de US$ 1,0615 por libra-peso nesta terça-feira, mas também recuou em parte do dia. As informações sobre a previsão do tempo no Brasil voltaram a dar suporte aos preços externos depois de ajustes na véspera.
"A colheita Brasil está lenta. Os relatórios indicam que os rendimentos não são tão grandes e que a qualidade da safra é baixa devido a condições meteorológicas extremas durante o início do desenvolvimento", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Voltou a ficar frio em áreas produtoras de café do Sul e Sudeste do Brasil, reascendendo os temores de geadas. A colheita do café no Brasil atingiu 22% da produção total esperada até o dia 28 de maio, segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado.
O site internacional Barchart também destacou o suporte de informações da oferta. "Os preços do café também encontraram apoio nesta terça-feira depois que a OIC cortou sua estimativa global de excedente em 2018/19 para 3,4 milhões de sacas", disse.
O câmbio também contribuiu para os ganhos do café arábica nesta terça-feira. Às 17h09, o dólar comercial tinha queda de 0,83%, cotado a R$ 3,857 na venda, repercutindo o exterior e a cena política mais tranquila no Brasil. Essa foi a terceira queda seguida.
A moeda estrangeira mais baixa tende a desencorajar as exportações da commodity e por isso tende a dar suporte aos preços externos. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
Mercado interno
Acompanhando o exterior, o mercado brasileiro de café arábica tem registrado picos de valorização. "Negócios em maiores volumes foram reportados nas praças de negociação brasileiras, assim como fluiu mais café nas outras origens", disse o analista de mercado Rodrigo Costa em relatório.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 463,00 e alta de 1,09%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 1,16% e saca a R$ 435,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,19%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 436,00 e alta de 1,16%. A maior variação ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,20% e saca a R$ 420,00.
Na segunda-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 422,55 e alta de 1,14%.
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