Café: Vencimento julho/19 retoma o patamar de US$ 1/lb em NY com condições do tempo no BR
Os futuros do café arábica avançaram pela terceira sessão seguida nesta quinta-feira (30) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado externo continua acompanhando as informações do tempo no Brasil, que podem afetar a qualidade, além do câmbio.
O vencimento para julho/19 tiveram alta de 285 pontos, a 102,35 cents/lb e o setembro/19 subiu 295 pontos, a 104,70 cents/lb. O dezembro/19 fechou o dia com ganhos de 285 pontos, a 108,15 cents/lb e o março/20 registrou 111,50 cents/lb e 280 pontos positivos.
Com as altas recentes do café arábica, o vencimento julho/19, referência de mercado, retomou o patamar de 100,00 cents/lb nesta quinta-feira. Durante o dia, os futuros oscilaram entre máxima de 102,75 cents/lb e mínima de 99,48 cents/lb, segundo dados do site Investing.
Os operadores no terminal externo estão acompanhando de perto as condições do tempo no Brasil, maior produtor e exportador. As chuvas podem impactar a colheita do café, mas também afetam a qualidade dos grãos no terreiro. O frio também segue sendo uma preocupação.
"Não é certeza que o frio pode causar danos de alguma forma ao café, mas esse é um lembrete importante nessa época do ano no Brasil", destacou em informativo o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A previsão do tempo aponta que as chuvas devem diminuir nos próximos dias sobre áreas produtoras de Minas Gerais, maior estado produtor do país. No entanto, o frio ainda pode dar as caras nos próximos dias, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A colheita do café no Brasil atingiu 22% da produção total esperada até o dia 28 de maio, segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado. Uma alta de seis pontos percentuais de uma semana para a outra, o que já representa 13 milhões de sacas de 60 kg.
Leia mais:
» Colheita de café do Brasil atinge 22% do esperado até 28 de maio, diz Safras
O câmbio também contribuiu com os ganhos das cotações futuras do arábica em mais um dia. O dólar comercial encerrou a sessão perto da estabilidade, com alta de 0,07%, a R$ 3,9790 na venda, acompanhando o cenário político no Brasil e exterior, mas chegou a cair quase 1% em parte do dia.
"O real testou alta de duas semanas e meia em relação ao dólar nesta quinta-feira, o que provocou uma cobertura de vendidos no café arábica. Um real mais forte desestimula as exportações por parte dos produtores brasileiros", destacou o site internacional Barchart.
Mercado interno
Os preços do café arábica subiram no Brasil e se aproximam de R$ 450,00 a saca em alguns tipos acompanhando o exterior. "Os maiores patamares de preços atraíram vendedores ao mercado, elevando a liquidez interna", destacou em nota nesta quarta-feira o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 460,00 e alta de 2,22%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 6,25% e saca a R$ 425,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 425,00 e alta de 1,19%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 415,00 e alta de 2,47%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 433,00 e alta de 2,61%. A maior variação dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,80% e saca a R$ 410,00.
Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 409,81 e alta de 2,20%.
0 comentário

Mesmo diante incertezas e entraves logísticos, Brasil segue com crescimento nas exportações de café durante período do ano-safra

Café: Preocupação com a oferta impulsiona alta nas bolsas internacionais no início da tarde desta 5ª feira (10)

Mercado do café volta aos fundamentos e trabalhava com altas de mais de 4% na manhã desta 5ª feira (10)

Em março, exportação de café do Brasil recua em volume, mas sobe em receita

Após dia de volatilidade, preços do café encerram sessão desta 4ª feira (09) em lados opostos nas bolsas internacionais

Estoques de café seguem quase zerados e nova safra pode não suprir o déficit atual