Dólar dispara no Brasil e faz café arábica recuar nesta 4ª feira na Bolsa de Nova York

Publicado em 24/04/2019 16:31

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As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (24) com queda de cerca de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado do grão foi pressionado pela valorização do dólar ante o real e ainda por informações sobre a oferta global.

O vencimento maio/19 encerrou a sessão com queda de 105 pontos, cotado a 90,45 cents/lb e o julho/19 anotou 92,35 cents/lb com 90 pontos de desvalorização. Já os lotes para setembro/19 perderam 90 pontos, a 94,80 cents/lb e o dezembro/19 registrou 98,55 cents/lb com 90 pontos de baixa.

O mercado externo do arábica chegou a oscilar dos dois lados da tabela durante esta quarta-feira, com mínimas de 91,88 cents/lb e máximas em 94,35 cents/lb, segundo o site de cotações Investing. O câmbio, no entanto, acabou contribuindo para perdas mais expressivas a partir da tarde.

Às 16h08, pouco depois do fechamento do café na ICE, o dólar comercial subia 1,79%, cotado a R$ 3,993 na venda. "Um real mais fraco [dólar mais valorizado] estimula as exportações dos produtores de café do Brasil", destacou o site internacional Barchart.

O dólar avança forte acompanhando o exterior, mas principalmente as incertezas com os trâmites da reforma da Previdência. "Não tem motivos para comemoração, é só o primeiro passo, o que vai pegar é a comissão especial, onde a batalha vai ser muito mais dura", disse para a Reuters o economista Silvio Campos Neto.

Além do câmbio, em menor intensidade, o mercado externo também segue de olho nas informações da oferta e início da colheita da safra 2019/20 no Brasil. "O mercado está preocupado com grandes suprimentos, especialmente no Brasil e a baixa demanda", diz o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

"A colheita da safra 19/20 foi efetivamente iniciada em todas as regiões produtoras de café arábica e robusta. Apesar do adiantamento das atividades neste ano, o volume da temporada 2018/19 disponível no mercado ainda é significativo, segundo indicam colaboradores do Cepea", informou Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

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Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro de café seguem lentos mas, conforme analistas apontavam, a chegada da colheita poderia modificar o cenário. "Alguns negócios de cafés remanescentes, inclusive, foram realizados nas últimas semanas, conforme a necessidade de caixa dos produtores", destacou em nota o Cepea.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) (estável) e Poços de Caldas (MG) (estável), ambas com saca a R$ 413,00. Não houve oscilação nas praças no dia.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 – estável. Não houve oscilação nas praças no dia.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 386,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca(SP) com queda de 2,67% e saca a R$ 385,00.

Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 384,33 e alta de 0,20%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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