Café: Preocupações com safra do Brasil fazem Bolsa de Nova York avançar nesta 3ª
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (23) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado acompanhou preocupações com a safra brasileira, câmbio e ajustes depois de testar mínimas de mais de 10 anos nos últimos dias.
O vencimento maio/19 encerrou a sessão com alta de 40 pontos, a 91,50 cents/lb e o julho/19 anotou 93,25 cents/lb com 40 pontos de valorização. Já os lotes para setembro/19 avançaram 35 pontos, a 95,70 cents/lb e o dezembro/19 registrou 99,45 cents/lb com 35 pontos de ganhos.
O mercado do arábica na ICE oscilou entre mínima de 91,43 cents/lb e máxima de 94,10 cents/lb durante a sessão, segundo o site de cotações Investing. No entanto, os preços se estabeleceram durante o período da tarde com informações sobre o Brasil, câmbio e também ajustes após quedas recentes.
"O café arábica subiu nesta terça-feira com a preocupação de que a chuva no Brasil possa desacelerar a colheita de café", destacou o site internacional Barchart. Dados meteorológicos apontam que chuvas foram registradas nos últimos dias sobre o cinturão produtivo do Brasil.
Na sessão anterior, o mercado do café voltou a cair, mas conseguiu se manter acima do patamar de 90 cents/lb. Informações otimistas sobre a oferta e início da colheita no Brasil davam pressão às cotações externas da variedade. Nesta terça, no entanto, um processo de ajuste técnico favoreceu os ganhos.
"O mercado está preocupado com grandes suprimentos, especialmente no Brasil e a baixa demanda. O país está dominando o comércio mundial e outros exportadores estão enfrentando grande dificuldade em encontrar compradores", destacou na véspera o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Além da safra brasileiro e fatores mais técnicos, os futuros do arábica no dia também tiveram suporte das oscilações do dólar ante o real, fator que influencia diretamente nas exportações. O dólar comercial fechou o dia com queda de 0,26%, cotado a R$ 3,9224 na venda, acompanhando a cena política.
"Um real mais fraco estimula as exportações dos produtores de café do Brasil", complementou o Barchart. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café seguem acontecendo lentamente, apesar de picos de alta em algumas praças nos últimos dias. Analistas acreditam que a proximidade da colheita deve favorecer transações. O tipo 6 duro voltou a se aproximar de R$ 390,00 a saca em Guaxupé (MG).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) (+0,73%) e Poços de Caldas (MG) (+0,73%), ambas com saca a R$ 413,00. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com baixa de 1,30% e saca a R$ 380,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 – estável. A maior variação de preço no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,30% e saca cotada a R$ 380,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 386,00 e alta de 0,78%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 1,33% e saca a R$ 370,00.
Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 383,57 e alta de 0,38%.
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