Café arábica completa terceira queda consecutiva nesta 2ª na Bolsa de Nova York
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (08) com leve baixa na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado do grão estende perdas ainda meio às informações de ampla oferta. Essa é a terceira queda consecutiva da variedade.
O vencimento maio/19 encerrou a sessão com queda de 25 pontos, a 92,95 cents/lb e o julho/19 anotou 95,50 cents/lb com 25 pontos de perdas. O setembro/19 anotou 98,00 cents/lb com 20 pontos negativos e o dezembro/19 registrou 101,85 cents/lb com desvalorização de 15 pontos.
O mercado brasileiro de café na ICE seguiu sua trajetória baixista nesta segunda-feira. Na máxima do dia, as cotações chegaram a 93,80 cents/lb e na mínima a 92,08 cents/lb. As informações sobre a ampla oferta e estimativas de safra do Brasil seguem pressionando os preços.
"Enquanto aguardamos a segunda estimativa da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, que será divulgada em maio próximo, teremos de conviver com esses números lançados no mercado de acordo com o interesse de quem faz a estimativa", destacou o Escritório Carvalhaes.
Nos últimos dias, várias divulgações sobre a oferta e safra do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, repercutiram negativamente para as cotações do arábica na Bolsa de Nova York. Por outro lado, produtores informam que a safra 2019/20 do Brasil, de bienalidade negativa, será menor do que o mercado estima.
Com as quedas recentes na Bolsa de Nova York, os futuros já trabalham abaixo do patamar dos custos de produção no Brasil, que estão em 95 cents/lb, segundo a OIC (Organização Internacional do Café). Esses são os níveis mais baixos de 2005, quando atingiram 86 cents/lb.
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Na quinta-feira, a OIC (Organização Internacional do Café) informou que o superávit global na temporada 2018/19 será de 3,06 milhões de sacas com produção de 168,05 milhões de sacas. A organização reduziu a estimativa de produção do arábica para 103,71 milhões.
Outra informação que também movimentou o mercado nos últimos dias foi a divulgação de estimativa de produção da Safras & Mercado. A consultoria brasileira aposta em colheita de 58,9 milhões de sacas para o país, o que representaria uma queda de 8,1% ante a temporada anterior.
Mercado interno
Os negócios com café no Brasil continuam lentos e os preços do tipo 6 estão na casa de R$ 380,00 a saca. "No mercado físico brasileiro os negócios vão saindo devagar, a preços que significam prejuízo certo para o cafeicultor. A preocupação dos produtores é grande", disse o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 417,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,56%v e saca a R$ 400,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 e queda de 1,27%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 386,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,63% e saca a R$ 370,00.
Na sexta-feira (05), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 388,85 e queda de 0,95%.
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