Café: Mercado cai forte na Bolsa de Nova York e testa mínimas de 13 anos com novos dados de ampla oferta nesta 2ª feira
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (1º) com queda de mais de 200 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Depois de reação na semana passada, o mercado voltou a ser pressionado pelas informações de ampla oferta.
O vencimento maio/19 encerrou o dia com queda de 240 pontos, a 92,10 cents/lb e o julho/19 anotou 94,60 cents/lb com 245 pontos de perdas. O setembro/19 anotou 97,30 cents/lb com 245 pontos negativos e o dezembro/19 registrou 101,15 cents/lb com desvalorização de 240 pontos.
No dia, os futuros oscilaram entre mínima de 91,70 cents/lb e máxima de 94,80, segundo o site de cotações Investing. As mínimas são as mais baixas em 13 anos.
O arábica encerrou a semana anterior com suporte técnico do câmbio e informações sobre possibilidade de déficit na oferta global, segundo dados do Rabobank. No entanto, nesta segunda-feira, as perspectivas de ampla oferta do grão voltaram a repercutir, além de pressão técnica.
"A ampla oferta pesou sobre os preços do café depois que o Ministério da Indústria informou nesta segunda-feira que as exportações brasileiras de café em março subiram 41,1% de um ano para o outro, totalizando 3,209 milhões de sacas de 60 kg", disse o Barchart.
Além disso, segundo o site, dados dos estoques norte-americanos também pesaram no dia. "Os estoques de café monitorados pela ICE totalizaram 2,490 milhões de sacas de 60 kg na sexta-feira com apenas -0,5% abaixo do que o registrado em 22 de março", noticiou o Barchart.
As perdas também foram estendidas ao longo do quando o vencimento referência caiu para o patamar de 92 cents/lb. Segundo a imprensa internacional especializada, os futuros no dia tiveram redução das perdas por conta do câmbio e dados de baixos volumes de chuva no final de semana no Brasil.
De acordo com vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o mercado segue atento com a safra brasileira. "O Brasil teve uma grande safra atual, mas a próxima será menor, pois é ano de bienalidade. As ideias são produção atual entre 62 ou 63 milhões de sacas para 52 milhões", disse.
Mercado interno
O mercado brasileiro do café arábica continua trabalhando com negócios isolados e os preços do tipo 6 duro, nesta segunda-feira, ficaram abaixo de R$ 400,00 a saca na maioria das praças de negociação. O valor segue aquém do desejo do produtor.
"No mercado físico brasileiro os preços continuaram praticamente no mesmo patamar por toda a semana, oscilando 5 a 10 reais para cima ou para baixo conforme o câmbio do dia e o interesse do comprador no lote ofertado", noticiou o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 420,00 e queda de 1,87%. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé (MG) com queda de 2,36% e saca a R$ 413,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 395,00 e queda de 2,47%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi verificada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,63% e saca a R$ 390,00.
Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 393,08 e queda de 0,23%.
1 comentário
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Carlos Rodrigues
Melhor impossível!!! o produtor continua vendendo como se o mundo acabasse amanha ... Ainda se queixam do preço?? 60 centavos é o preço justo....