Café arábica tem nova queda expressiva na Bolsa de Nova York e maio/19 fica em 96 cents/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (07) com queda próxima de 200 pontos. A pressão no dia foi causada pelo câmbio e informações otimistas sobre a oferta do grão.
O vencimento maio/19 caiu 185 pontos, a 96,85 cents/lb e o julho/19 registrou 99,55 cents/lb com recuo de 175 pontos. Já o setembro/19 registrou perdas de 170 pontos, a 102,30 cents/lb e o dezembro/19 teve desvalorização de 165 pontos, a 106,15 cents/lb.
O câmbio exerceu importante pressão sobre os preços futuros do café arábica nesta quinta-feira. O dólar comercial teve alta de 1,27% no dia, cotado a R$ 3,8847 na venda, acompanhando o exterior e tocando as máximas deste ano de 2019.
"Os preços do café estavam baixos pela manhã devido à fraqueza do real, que caiu para um recorde de baixa de dois meses frente ao dólar, estimulando as exportações dos produtores de café do Brasil", destacou o site internacional Barchart.
Além das oscilações cambiais, o mercado também seguiu no dia repercutindo as informações de ampla oferta do grão. O dado mais recente é que a alta nas exportações da Guatemala. Porém, durante os últimos dias, diversos outros dados têm sido divulgados.
O site internacional Barchart destacou que o otimismo do mercado com a oferta de café também se elevou depois e o Rabobank, um dos principais bancos especializados de commodities, anunciou que a safra 2019/20 de café do Brasil pode atingir 57,6 milhões de sacas.
Divulgações da Colômbia também repercutiram no dia. A Federação de cafeicultores do país apontou aumento de 14,4% nas exportações em fevereiro e um salto de 2,5% na colheita do primeiro bimestre de 2019. Na semana passada, as altas exportações do Brasil também pesaram sobre as cotações.
No Brasil, a safra 2019/20 está em plena desenvolvimento e chuvas foram registradas nos últimos dias. Ainda assim, segundo produtores, perdas já estão consolidadas mesmo com o retorno das melhores condições climáticas para o desenvolvimento do grão.
Mercado interno
Os negócios com café estavam lentos nos últimos dias e o cenário permaneceu sem mudanças com o Carnaval, inclusive com praças fechadas em alguns dias. Nesta quinta-feira, os preços oscilaram em algumas praças isoladas ou ficaram estáveis.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 433,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,70% e saca a R$ 420,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 (estável) e Varginha (MG) (+3,85%). A praça mineira teve a maior oscilação no dia.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A oscilação mais expressiva ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,90% e saca a R$ 400,00.
Na quarta-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 400,33 e alta de 0,48%.
1 comentário
Mercado cafeeiro inicia 6ª feira (22) em queda com realização de lucros
Mercado cafeeiro fecha sessão desta 5ª feira (21) com fortes ganhos em NY e queda na bolsa de Londres
Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual
Com a presença de toda a cadeia produtiva, Semana Internacional do Café discute sobre os avanços e desafios da cafeicultura global
Em ano desafiador para a cafeicultura, preços firmes e consumo aquecido abrem oportunidades para o setor
Mercado cafeeiro trabalha com preços mistos no início da tarde desta 5ª feira (21)
Carlos Rodrigues
Todo o mundo satisfeito .... o melhor é USD a 5 reais e café a 60 centavos ...
Sr. Carlos, quando o café tinha um peso na pauta de exportações do Brasil, o antigo IBC, mantinha um preço de pauta de US$ 120,00/saca. Quando o preço internacional estava abaixo desse valor, o governo entrava comprando e, depois quando aumentava ele entrava vendendo. Ou seja, era um colchão que amortecia as quedas e altas. O Collor extinguiu esses órgãos governamentais quando assumiu o governo e, os cafeicultores da época sentiram o que é vender um saco de café beneficiado a US$ 35,00/ saca. Esse velho matuto vivenciou essa época. Após houve a seca de 1993. Em 1995 a saca de café do cerrado mineiro era comercializada a US$ 250,00/saca e, eu estava aí em Campos Altos, nadando de braçada, como diz alguns. Com um detalhe, não era o dono da mercadoria mas, um simples colaborador da empresa. ... ... Desde então tenho assistido os sobe & desce nos preços. ... ... Recomendo que o Sr. entre em contato com o pessoal especializado em comercialização e, que opera na B3, eles podem dar-lhe algumas explicações de como se proteger com um "colchão" sem ser necessariamente um órgão público. ...