Café: Bolsa de Nova York cai mais de 200 pts nesta 6ª e reverte ganhos da véspera
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta sexta-feira (1º) com queda de mais de 200 pontos. O mercado externo do grão testou acomodação ante a alta da véspera e também seguiu o câmbio e clima no Brasil. Na semana, houve queda acumulada de 2,90%.
O vencimento março/19 encerrou o dia a 103,70 cents/lb e queda de 220 pontos e o maio/19 registrou 106,80 cents/lb e perdas de 220 pontos. O contrato julho/19 anotou 109,55 cents/lb 220 pontos negativos e o setembro/19 teve 112,30 cents/lb e 220 pontos de desvalorização.
Depois da alta expressiva na quinta-feira (31), de quase 400 pontos, o mercado futuro do café arábica na ICE passou por momentos de acomodação técnica durante quase toda a sessão desta sexta-feira. As cotações da variedade haviam rompido o patamar de US$ 1,05/lb na véspera.
Informações do site internacional Barchart dão conta que a previsão do tempo também influenciou fortemente os preços. "A Somar Meteorologia prevê chuvas generalizadas neste fim de semana nas áreas de café do Brasil, que devem beneficiar a safra de arábica", reportou.
Áreas produtoras de café do Brasil, incluindo as de arábica em Minas Gerais e as de conilon no Espírito Santo, ficaram sem chuvas por vários dias, segundo relatos dos produtores. A safra 2019/20 do Brasil está em pleno desenvolvimento e pode ser afetada.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou, em sua primeira estimativa para a safra 2019/20 do Brasil, que a produção de café deve ficar entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de 60 kg, uma queda ante a temporada anterior. A temporada é de bienalidade negativa.
Apesar de ter fechado em baixa, o câmbio no dia também contribuiu para as quedas do arábica, quando testava máximas de R$ 3,6834 na venda. O dólar comercial fechou a sessão com leve queda de 0,09%, a R$ 3,6622 na venda. As oscilações da divisa impactam diretamente nas exportações.
Em entrevista na véspera ao Notícias Agrícolas, o diretor de trading e analista, Rodrigo Costa, afirmou que o dólar deve seguir nos próximos dias sendo o principal agente que pode modificar as cotações. Além disso, a safra brasileira ainda deve seguir no radar.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café seguiu a semana com negócios isolados. Produtores não se animam com os preços, apesar de oscilações mais expressivas nesta quinta-feira. Na parcial de janeiro, até o dia 29 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica, ficou em R$ 410,62/saca. 8% inferior a janeiro/18.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 442,00 e queda de 0,67%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com avanço de 3,45% e saca a R$ 450,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 435,00 e avanço de 2,35%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A maior oscilação no dia ocorreu no Oeste de Bahia com alta de 1,27%, com saca cotada a R$ 400,00.
Na quinta-feira (31), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 415,13 e alta de 0,87%.
1 comentário
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Eduardo Lima Buqueroni Mimoso Do Sul - ES
Como se a chuva fosse capaz de recuperar todo café que já se perdeu ... estamos até o momento com quase trinta dias de sol e calor intenso ... está havendo um "achochamento" grande dos grãos e esses não se recuperam mais