Café: Dólar cai quase 2%, Bolsa de Nova York tem rally e sobe mais de 350 pts
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram esta quinta-feira (31) com alta de mais de 350 pontos. O mercado realizou ajustes ante as quedas recentes, mas teve suporte importante do câmbio no dia.
O vencimento março/19 encerrou o dia a 105,90 cents/lb e alta de 380 pontos e o maio/19 registrou 109,00 cents/lb e avanço de 370 pontos. O julho/19 anotou 111,75 cents/lb 365 pontos de ganhos e o setembro/19 teve 114,50 cents/lb e 365 pontos de valorização.
Depois de recuar nas últimas três sessões, o mercado externo do arábica buscou acomodação durante a maior parte desta quinta-feira. Além disso, o câmbio também exerceu forte suporte sobre os preços externos à medida em que o dólar se desvalorizou.
"O mercado refletiu a firmeza do real e a fraqueza do dólar americano. Ontem, ocorreu uma reunião do Fed, nos Estados Unidos, onde o tom foi direcionado para uma política monetária ainda expansionista", disse o diretor de trading e analista, Rodrigo Costa.
Para o analista, o dólar ainda deve ser nos próximos dias o principal agente que vai modificar as cotações. Além disso, apesar das preocupações terem diminuído, operadores ainda seguem atentos às informações sobre a situação climática em áreas produtoras do Brasil.
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O dólar comercial encerrou a sessão desta quinta-feira com queda de 1,77%, cotado a R$ 3,659 na venda. A moeda estrangeira mais baixa ante o real tende a desencorajar as exportações da commodity, em compensação dá suporte às cotações externas.
"A sinalização do Fed de que vai ser um pouco mais paciente com a política monetária deixou parte do mercado bem animado", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, para a agência de notícias Reuters.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou, em sua primeira estimativa para a safra 2019/20 do Brasil, que a produção de café deve ficar entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de 60 kg, uma queda ante a temporada anterior.
Mercado interno
Os negócios com café no mercado brasileiro seguem ocorrendo de forma limitada. Produtores não se animam com os preços, apesar de oscilações mais expressivas nesta quinta-feira. Na parcial de janeiro, até o dia 29 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica, ficou em R$ 410,62/saca. 8% inferior a janeiro/18.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 445,00 e alta de 0,68%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 1,19% e saca a R$ 425,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 425,00 e avanço de 1,19%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,22% e saca a R$ 415,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,44% e saca a R$ 400,00.
Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 411,55 e alta de 0,20%.
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