Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 4ª feira com queda de cerca de 50 pts
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (30) com queda de cerca de 50 pontoas. O mercado segue impactado por fatores técnicos e câmbio, apesar de operar em alta em parte do dia.
O vencimento março/19 encerrou o dia a 102,10 cents/lb e queda de 50 pontos e o maio/19 registrou 105,30 cents/lb e recuo de 45 pontos. O julho/19 anotou 108,10 cents/lb com baixa de 45 pontos e o setembro/19 teve 110,85 cents/lb e 45 pontos de desvalorização.
O mercado do arábica estendeu nesta quarta-feira as perdas dos últimos dois dias ainda com movimentações técnicas e realização de lucros. Na Semana passada, o vencimento referência, o março/19, chegou a trabalhar acima do patamar de US$ 1,05 por libra-peso.
"Os gráficos semanais não apontam tendência definida em Nova York e Londres. O Brasil estaria assimilando a sua última colheita e o forte ritmo de exportação do país deve começar a cair, disse em relatório o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
O câmbio também contribuiu para as perdas do arábica na ICE, apesar de os preços terem oscilado dos dois lados da tabela durante o dia. Apesar de ter atingido máxima de R$ 3,7734, o dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,06%, cotado a R$ 3,7246 na venda, acompanhando o exterior.
As oscilações do dólar em relação ao real impactam diretamente nas exportações da commodity, já que as transações são feitas na moeda estrangeira. A moeda estrangeira mais alta tende a encorajar os embarques, mas pesa sobre os preços externos.
Do lado fundamental, em menor intensidade, operadores também tem acompanhado, as informações sobre as recentes chuvas em áreas produtoras de café no país e o fato de que elas seriam insuficientes para aliviar a seca e elevar a produtividade das lavouras.
"O Brasil teve grande produção, mas a próxima temporada deve ser menor, pois será de bienalidade negativa. As ideias são de produção de cerca de 52 milhões de sacas", ponderou Scoville.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café segue com negócios isolados. Os produtores ofertam suas produções apenas em momentos que precisam fazer caixa. Na parcial de janeiro, até o dia 29 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, ficou em R$ 410,62/saca. 8% inferior a janeiro/18.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 442,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 3,41% e saca a R$ 425,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 420,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,38% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,50% e saca a R$ 410,00.
Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 410,74 e queda de 0,72%.
0 comentário
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
Valor bruto dos Cafés do Brasil produzidos na Região Sudeste totaliza R$ 62,24 bilhões no ano-cafeeiro de 2024
Segundo dia da Semana Internacional do Café destaca práticas sustentáveis na cadeia cafeeira
Mercado cafeeiro inicia 6ª feira (22) em queda com realização de lucros
Mercado cafeeiro fecha sessão desta 5ª feira (21) com fortes ganhos em NY e queda na bolsa de Londres
Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual