Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 6ª com queda de cerca de 50 pts em ajustes e de olho na oferta
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (04) com queda de cerca de 50 pontos. O mercado oscilou tecnicamente, além do câmbio e oferta. Na semana, houve alta acumulada de 0,64%.
O vencimento março/19 fechou o dia com queda de 55 pontos, a 101,60 cents/lb e o maio/19 teve baixa de 50 pontos, a 104,65 cents/lb. O julho/19 registrou 107,50 cents/lb com desvalorização de 45 pontos e o setembro/19 registrou 110,30 cents/lb e 45 de perdas.
Depois de registrar avanço técnico nos últimos dias após fortes baixas, o mercado externo do arábica voltou para o lado vermelho da tabela nesta sexta-feira em acomodação técnica, em parte do dia acompanhando o câmbio e oferta.
"A fraqueza do real esteve pesando nos preços do café arábica nesta manhã, enquanto as previsões de chuvas abundantes no Vietnã impactaram sobre os preços do café robusta", destacou o site internacional Barchart em seu boletim matinal.
Apesar do impacto, o dólar acabou fechando o dia com baixa de 1,04%, a R$ 3,7147 na venda. O mercado esboçou mudanças acompanhando o cenário local e declarações do chairman do Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell.
"Powell foi 'dovish' e puxou dólar e DIs para baixo", resumiu para a agência de notícias Reuters um profissional da mesa de derivativos de uma corretora local. As oscilações da moeda estrangeira tendem a impactar as exportações.
As cotações do arábica também esboçaram perdas em movimentos técnicos por conta da alta de mais de 200 pontos na véspera. Além disso, as informações positivas sobre a oferta global de café na safra 2018/19 e na próxima ainda seguem repercutindo.
"A Conab, agência nacional de abastecimento do Brasil, elevou recentemente sua estimativa de produção de café no Brasil 2018/19 para um recorde de 61,7 milhões de sacas (+ 37% ao ano), de uma previsão em setembro de 59,9 milhões de sacas", destacou o Barchart.
O Rabobank, um dos principais bancos especializados em commodities, projetou a produção brasileira em cerca de 56 milhões de sacas na atual temporada. Esse resultado, além da colheita de outros países, deve gerar um superávit no ciclo, o que poderia pressionar ainda mais os preços.
Nos últimos dias, a consultoria Safras & Mercado estimou a produção de café do Brasil em 63,7 milhões de sacas após verificação em entidades do setor. Levantamentos da Conab e USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apresentaram números parecidos.
Mercado interno
Os negócios no Brasil seguem lentos neste início de ano e o cenário para 2019 ainda deve ser de poucas novidades. Ainda se espera que a próxima safra seja alta e novas baixas podem ser vistas nas praças do país.
"Mesmo com a bienalidade negativa do arábica, o clima tem auxiliado o desenvolvimento das plantas, o que pode aumentar a produtividade", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 432,00 e queda de 0,69%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 1,15% e saca a R$ 428,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 415,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu e Poços de Caldas (MG) com recuo de 0,75% e saca cotada a R$ 397,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 2,56% e saca a R$ 400,00.
Na quinta-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 406,66 e queda de 0,28%.
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