Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta 4ª feira e março/19 cai para patamar de US$ 1,05/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (05) com queda de cerca de 100 pontos. O mercado externo do grão estende as perdas recentes com influência da valorização do dólar e informações sobre a oferta do grão no cenário global.
O vencimento março/19 encerrou a sessão com queda de 95 pontos, a 105,95 cents/lb, e o maio/19 recuou 95 pontos, cotado a 108,85 cents/lb. Já o contrato julho/19 registrou 111,50 cents/lb com desvalorização de 95 pontos, enquanto que o setembro/19 registrou 114,10 cents/lb e 95 pontos de perdas.
"As relações cambiais, especialmente, entre o dólar americano e o real, continuam sendo a força motriz no mercado do café. A safra brasileira foi colhida, mas nem sempre está encontrando seu caminho para o mercado devido ao real em relação ao dólar", disse o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira com alta de 0,23%, cotado a R$ 3,8682 na venda, com cautela ante o cenário externo em meio à disputa comercial e cena política loca. A moeda estrangeira mais alta em relação ao real tende a encorajar as exportações das commodities, mas em compensação pesa sobre os preços externos.
"Como tinha feito um movimento muito forte no final do dia (terça-feira), o dólar abriu para baixo. Agora, está voltando a ter cautela. Lá fora a questão EUA-China está indefinida. Há ainda receios locais", disse para a Reuters o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Agências internacionais reportaram ao longo do dia que informações fundamentais também pesaram sobre as cotações externas da variedade arábica, com expectativas de ampla oferta global, principalmente do maior produtor e exportador do grão no mundo, o Brasil. As exportações recentes do país animaram os operadores.
Por outro lado, também existem preocupações nas origens com a safra brasileira. "Notícias de excesso de chuvas na principal origem reverberam preocupações com broca para a próxima safra e também com relação à qualidade diante das várias floradas para os mesmos cafezais", informou o analista de mercado da Comexim nos EUA, Rodrigo Costa.
O ministro do Meio Ambiente da Colômbia disse na terça-feira (04) que o fenômeno El Niño pode reduzir as chuvas no país durante o primeiro trimestre de 2019. A condição pode causar escassez de água e incêndios. As informações são da Reuters internacional.
"O El Niño está amadurecendo e está maturando 90% do país", disse a jornalistas o ministro Ricardo Lozano. A Colômbia é o segundo maior produtor de café arábica do mundo, atrás apenas do Brasil, e o principal fornecedor do tipo lavado do grão.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico de café seguem lentos com preços pouco atrativos e agenda de feriados nos últimos dias. "As médias dos cafés arábica e robusta na parcial desta temporada 2018/19 (de julho a novembro/18) estão abaixo das registradas no mesmo período da safra anterior", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP)
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 460,00 - estável. Não houve oscilação nas praças no dia.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (MG) com saca a R$ 435,00 - estável. Não houve oscilação nas praças no dia.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Araguari (MG) com recuo de 3,41% e saca a R$ 425,00.
Na terça-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 430,06 e recuo de 0,54%.
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