Café: Bolsa de Nova York oscila, mas fecha em alta nesta 5ª com câmbio e estende ganhos da véspera
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou a sessão desta quinta-feira (08) com alta. Após oscilar em baixa pela manhã, as cotações da variedade voltaram a subir e estenderam os ganhos da véspera em acomodação técnica e com suporte do câmbio.
O vencimento dezembro/18 encerrou a sessão com alta de 100 pontos, a 116,60 cents/lb, e o março/19 avançou 70 pontos, cotado a 120,15 cents/lb. Já o contrato maio/19 registrou 122,85 cents/lb com ganhos de 55 pontos e o julho/19 teve valorização de 65 pontos, a 125,60 cents/lb.
Segundo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o mercado do arábica avançou na véspera acompanhando as oscilações do dólar ante as eleições norte-americanas para Câmara dos Deputados. Esse movimento é estendido nesta quinta.
O dólar comercial fechou a sessão de hoje praticamente estável, mas chegou a recuar mais forte durante o dia. Na mínima chegou a R$ 3,7167. A divisa encerrou o dia a R$ 3,7382 na venda com queda de 0,03%. A moeda mais baixa tende a desencorajar as exportações e dá suporte aos preços.
"A eleição de meio de mandato nos Estados Unidos foi boa para reduzir o ímpeto de o Fed subir os juros. Embora a reunião de hoje seja menos importante porque não se espera aumento das taxas, é importante porque o mercado quer saber o que o banco central vai escrever", disse para a Reuters internacional o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos José Faria Júnior.
Segundo Scoville, operadores no terminal externo também seguem acompanhando a safra brasileira. "O El Niño permanece com previsão para as áreas de café do Brasil, que poderiam ser afetadas pela seca. O próximo ano será de baixa produção e isso poderia significar mais perdas", disse.
A safra 2018/19 de café do Brasil ainda está em comercialização. Nas lavouras, no entanto, as plantações estão em desenvolvimento para a próxima temporada. Produtores de cidades pontuais no Sul de Minas Gerais estão preocupados com o baixo pegamento das floradas.
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Mercado interno
O mercado de café no Brasil segue com baixa liquidez. Ainda assim, a alta externa motivou alguns avanços nos preços. "Os negócios estão lentos no mercado doméstico de café arábica, visto que a forte oscilação das cotações externas da variedade mantém boa parte dos compradores e vendedores afastada do mercado", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 483,00 e alta de 1,05%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com baixa de 2,17% e saca a R$ 450,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 e alta de 1,10%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca R$ 456,00 e alta de 1,33%. A maior oscilação no dia foi registrada em Lajinha (MG) com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.
Na quarta-feira (07), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 446,82 e alta de 0,28%.
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