Café: Cotações do arábica recuam mais de 500 pts na sessão desta 2ª feira na Bolsa de Nova York
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (29) com queda de mais de 500 pontos. O mercado recua pelo segundo pregão seguido em ajustes técnicos depois de testar o patamar de US$ 1,20 por libra-peso e o câmbio também pressiona os preços.
O vencimento dezembro/18 encerrou o dia com queda de 525 pontos, a 114,40 cents/lb e o março/19 anotou 118,20 cents/lb com recuo de 520 pontos. Já o contrato maio/19 registrou 120,75 cents/lb com baixa de 520 pontos e o julho/19 teve desvalorização de 535 pontos, a 123,00 cents/lb.
Um movimento de realização de lucros foi visto no mercado do arábica nesta segunda-feira no final dos trabalhos. "Os preços do café estão sendo negociados nos patamares de 20 dias, mas ainda acima de sua média móvel de 100 dias", disse em informativo o analista Michael Seery, da Seery Futures.
Os preços do café subiram forte recentemente e agora perderam o patamar de US$ 1,20/lb. Ainda assim, o cenário não deve ser de reversão. "As tendências são de alta em ambos os mercados, mas os futuros estão em uma correção depois dos melhores movimentos de alta em algum tempo", disse o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
O câmbio também contribuiu para o recuo dos preços externos do café arábica, em uma sessão marcada por ampla oscilação. Às 15h52, o dólar comercial subia 1,22%, cotado a R$ 3,699 na venda, em movimento de correção após as quedas recentes que acompanhavam o cenário político no Brasil.
A moeda estrangeira mais alta ante o real tende a encorajar as exportações e pressiona os preços externos. "Não acabou o bom humor (com a vitória de Bolsonaro). Está havendo uma zeragem de posições, uma realização", disse para a agência Reuters o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
Apesar da queda na sessão, operadores no terminal externo do café arábica também seguem atentos com a safra brasileira 2018/19. As lavouras do país estão em plena florada, mas produtores ainda realizam os negócios da safra passada, que terminou de ser colhida nas últimas semanas.
Mercado interno
Após aquecimento recente, os negócios no mercado brasileiro de café ficaram mais lentos nos últimos dias. "Acompanhando Nova Iorque, os compradores diminuíram um pouco o valor das ofertas e o número de negócios fechados diminuiu bem, praticamente parando nos dias de fechamento da ICE em baixa", informou o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 476,00 e queda de 1,24%. A maior oscilação no dia dentre ocorreu em Guaxupé (MG) com recuo de 3,11% e saca a R$ 468,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (-3,23%) e Varginha (MG) (-3,23%), ambas com saca a R$ 450,00. Esses foram o maiores valores de negociação no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação na Média Rio Grande do Sul com saca a R$ 455,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé (MG) com recuo de 3,29% e saca a R$ 441,00.
Na sexta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 453,26 e queda de 0,58%.
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