Café: Bolsa de Nova York recua mais de 100 pts nesta 6ª, mas segue ao redor de US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (26) com queda de mais de 100 pontos. O mercado externo do grão registrou ajustes técnicos depois de altas seguidas nos últimos dias. No acumulado da semana, o grão teve baixa de 2,01%.
O contrato dezembro/18 fechou o dia com queda de 135 pontos, a 119,80 cents/lb e o março/19 anotou 123,55 cents/lb com recuo de 150 pontos. Já os lotes com vencimento para maio/19 registraram 126,10 cents/lb com desvalorização de 150 pontos e o julho/19 teve 155 pontos de perdas, a 128,45 cents/lb.
O mercado externo na ICE teve suporte nos últimos dias da desvalorização do dólar ante o real, que foi de 1,62% na semana. Para fechar a semana, no entanto, um movimento de correção foi registrado. Apesar da queda, as cotações seguem acima de US$ 1,20 por libra-peso nos principais vencimentos.
Desde que testaram mínimas de 12 anos e meio em meados de setembro, os futuros do arábica na ICE subiram quase 30%, segundo informação da Reuters internacional, com fundos comprando de volta grande parte das suas posições baixistas. O câmbio também movimento os preços externos do grão nas últimas semanas.
O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira com queda de 1,32%, cotado a R$ 3,6546 na venda, menor valor em cinco meses, com investidores atentos com a eleição no Brasil no domingo (28). As oscilações da moeda impactam diretamente nas exportações da commodity e pesam sobre os preços externos da variedade.
"O mercado olha que não dá tempo de Haddad tirar a quantidade de votos necessária para vencer", disse para a agência de notícias Reuters o economista-chefe do Banco Confidence, Robério Costa, ao destacar que a divulgação da pesquisa Datafolha impactou inicialmente os negócios.
Apesar da queda na sessão desta sexta-feira, operadores no terminal externo do grão seguem atentos com a safra brasileira 2018/19. As lavouras do país estão em plena florada, mas produtores ainda realizam os negócios da safra passada, que terminou de ser colhida nas últimas semanas.
"As tendências gráficas diárias estão mistas no momento. Os estoques certificados continuam a crescer em New York, com produtores sem muitas opções no momento. Ideias de grande produção no Brasil e no Vietnã seguem como melhor razão dos vendedores", disse o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café seguiu com mais negócios nos últimos dias acompanhando os fechamentos positivos externos. "A alta das cotações atraiu um maior número de vendedores nos últimos dias e a liquidez esteve elevada", disse em nota durante a semana o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 483,00 e alta 0,63%. A maior oscilação no dia dentre ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 2,43% e saca a R$ 482,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (-2,11%) e Varginha (MG) (estável), ambas com saca a R$ 465,00. A maior oscilação foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 2,81% e saca a R$ 450,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (-2,13%) e Varginha (MG) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. A maior oscilação no dia foi registrada em Araguari (MG) com recuo de 3,23% e saca a R$ 450,00.
Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 455,90 e queda de 0,13%.
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