Café: Dólar cai mais de 1% no Brasil e Bolsa de Nova York sobe mais de 300 pts nesta 2ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (15) com alta de cerca de 300 pontos e o primeiro vencimento se aproxima do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado avança com a desvalorização do dólar. Essa é a terceira alta seguida.
O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 280 pontos, a 119,35 cents/lb e o março/19 anotou 122,95 cents/lb com avanço de 285 pontos. Já o vencimento maio/19 registrou 125,35 cents/lb com valorização de 285 pontos, enquanto o julho/19 teve 285 pontos de ganhos, a 127,70 cents/lb.
Às 16h17, o dólar comercial recuava 1,08%, cotado a R$ 3,738 na venda, acompanhando o cenário externo e a disputa pela Presidência no Brasil com a proximidade do 2º turno. Como o país é o maior produtor e exportador do grão, as oscilações influenciam diretamente nas cotações externas da commodity.
"O real tem encontrado apoio com o candidato de direita à Presidência do Brasil liderando o primeiro turno das eleições e sua ida para o segundo. Bolsonaro poderia instituir reformas no mercado, como a venda de estatais e adequação de regulamentos empresariais e talvez ambientais", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Essa é a terceira alta seguida e o vencimento dezembro/18 já se aproxima do patamar de US$ 1,20/lb. Diante do cenário eleitoral e o segundo turno apenas no fim do mês, os preços externos do café ainda podem subir mais, segundo estimativa de Scoville. Os brasileiros voltam às urnas no dia 28 de outubro.
"Os futuros têm agora resistência inicial perto 110,00 cents/lb no dezembro, mas com potencial de se moverem através dessa área e mais chegar atém mais perto da área de 120,00 cents/lb", explica o analista de mercado Scoville. Na última sexta-feira, a alta no café foi de mais de 300 pontos.
Do lado fundamental, poucas novidades têm movimentado o mercado. A safra 2019/20 está em plena florada e a comercialização da temporada passada ainda segue. Na última semana, a consultoria Safras & Mercado informou que a comercialização atingiu 51% até o dia 09 de outubro. As vendas estão ligeiramente atrasadas em relação ao ano passado.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), também na última semana, informou que as exportações de café no país em setembro totalizaram 3,02 milhões de sacas. Um volume 24% superior ao mesmo período do ano passado. A receita cambial foi de US$ 410,3 milhões no período.
Mercado interno
O mercado brasileiro está mais aquecido com suporte dos avanços externos nas praças brasileiras. "O mercado é comprador, com muitos interessados em cafés de boa qualidade. Os produtores que podem ainda aguardam para colocar um volume maior de lotes no mercado, mas todos os dias saem negócios no mercado físico brasileiro", disse em boletim o Escritório Carvalhaes.
Na última sexta-feira (12), foi feriado de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e as praças de comercialização não funcionaram no Brasil.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 486,00 e alta de 0,83%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 4,44% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 470,00 e alta de 4,44%. A maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 e alta de 4,55%. A maior oscilação foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 4,76% e saca a R$ 440,00.
Na quinta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 431,12 e queda de 0,44%.
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