Café: Bolsa de Nova York tem alta de mais de 100 pts nesta 3ª feira e atinge máximas de junho
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (09) com queda de mais de 100 pontos e em máximas de junho deste ano. O mercado externo do grão estende os ganhos dos últimos dias à medida em que o dólar se desvaloriza
O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 130 pontos, a 113,15 cents/lb e o março/19 anotou 116,70 cents/lb com avanço de 135 pontos. Já o vencimento maio/19 registrou 119,15 cents/lb com valorização de 135 pontos, enquanto o julho/19 teve 135 pontos de ganhos, a 121,50 cents/lb.
Essa é a quarta sessão consecutiva de alta nas cotações do arábica. O mercado teve suporte importante do câmbio nessas últimas sessões. No entanto, em menor intensidade, algumas movimentações técnicas também foram vistas. O vencimento dezembro/18 já rompeu a resistência de 110,00 cents/lb.
"Os futuros agora têm o potencial para se aproximar de 120,00 cents/lb. O apoio veio do rally no real com o candidato de direita bem colocado no primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil", destacou em relatório o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
O dólar comercia fechou o dia com queda de 1,47%, cotado a R$ 3,7107 na venda, diante do otimismo dos investidores com o primeiro turno das eleições. A moeda estrangeira mais baixa em relação ao real tende a desencorajar as exportações do Brasil, maior produtor e exportador do grão a nível mundial.
Movimentações técnicas também contribuem para o avanço. Do lado fundamental, poucas são as novidades que impactam os preços externos. A safra passada tem colheita praticamente finalizada, enquanto que a temporada 2019/20 está em plena florada com as chuvas recentes, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
A OIC (Organização Internacional de Café) informou nesta terça-feira que estima um excedente na oferta de café em 2,58 milhões de sacas para 2017/18, ante um déficit de 3,56 milhões de sacas de 60 kg previsto anteriormente. A estimativa de produção mundial no período é de 164,81 milhões de sacas.
Leia mais:
» OIC prevê superávit global de café em 2017/18
Mercado interno
Os negócios no mercado físico brasileiro seguem mais aquecidos diante das altas externas impactando os preços internos. "Com o fortalecimento do real, os preços no mercado físico brasileiro subiram bem menos do que na ICE em dólares", disse em boletim o Escritório Carvalhaes. Além disso, com o fim da colheita, produtores também têm ofertado mais suas produções.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 467,00 e queda de 0,43%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Lajinha (MG) com alta de 2,38%.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,45% e saca a R$ 440,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 440,00. A maior oscilação foi registrada na Média Rio Grande do Sul com alta de 2,44% e saca a R$ 420,00.
Na segunda-feira (08), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 431,79 e alta de 0,23%.
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