Café: Após altas, Bolsa de Nova York busca acomodação e encerra sessão desta 2ª feira com leve baixa
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (1º) com leve queda. O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de fechar em alta nas últimas três sessões. Além da movimentação técnica, operadores também seguem atentos com as oscilações do dólar.
O vencimento dezembro/18 fechou o dia com queda de 40 pontos, a 102,05 cents/lb e o março/19 anotou 105,50 cents/lb com recuo de 35 pontos. Já os lotes com vencimento para maio/19 registraram 107,90 cents/lb e baixa de 35 pontos, enquanto o julho/19 teve desvalorização de 25 pontos, a 110,35 cents/lb.
O mercado do café arábica saltou mais de 300 pontos na última sexta-feira (28) e completou a terceira alta seguida. As cotações dispararam com movimentações técnicas e oscilações do câmbio. Na semana passada, houve uma alta acumulada de 2,55%. Agora, no entanto, ajustes técnicos foram vistos no terminal.
"Nós ainda vemos uma tendência de queda", disse um operador do mercado para a Reuters internacional. "Nós realmente precisamos superar o 1,15 dólar antes de começar a ver uma grande cobertura", complementou o especialista. Em parte da semana passada, o arábica chegou a trabalhar abaixo de US$ 1 por libra-peso.
Operadores também acompanham as curtas oscilações cambiais. Às 15h19, o dólar comercial recuava 0,66%, cotado a R$ 4,010 na venda. Neste primeiro pregão de outubro, investidores estão cautelosos a menos de uma semana do primeiro turno da eleição presidencial. As oscilações da divisa impactam diretamente nas exportações da commodity e nos preços.
"Pesquisas eleitorais vão continuar influenciando o movimento do real... fator que deverá trazer volatilidade para o mercado ainda esta semana", apontou a Fair Corretora de Câmbio em relatório. As informações são da Reuters.
Em agosto, as exportações globais de café subiram 6,3% ante o mesmo período do ano passado, totalizando 11,10 milhões de sacas, segundo dados divulgados pela OIC (Organização Internacional do Café). Os embarques subiram 1,6%, para 112,52 milhões de sacas nos primeiros 11 meses da temporada 2017/18.
Leia mais:
» Exportações globais de café sobem 6,3% em agosto, diz OIC
Sem muita repercussão nesta segunda, a safra brasileira segue no foco dos operadores. A colheita da safra 2018/19 está praticamente encerrada em todo o cinturão produtivo do Brasil. Até o dia 21 de setembro, a colheitana área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) atingiu 99,01%, segundo informou na quarta-feira (26) a entidade.
"Com as chuvas dos últimos dias e a chegada da primavera, muitas das principais regiões produtoras de café do Brasil assistiram a abertura da principal florada da safra 2019/2020. As agências de meteorologia apontam para chuvas irregulares sobre os cafezais do sudeste brasileiro, o que pode prejudicar parte do “pegamento” das flores em uma safra já de ciclo baixo", disse o Escritório Carvalhaes.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro ganharam mais ritmo no final da semana passada com as altas externas favorecendo os preços físico. No entanto, os volumes ainda são baixos em comparação com outros anos. "Os preços continuam preocupantemente baixos e o mercado físico trabalha menos que o necessário para um início de ano-safra", disse em boletim o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 455,00 e queda de 0,44%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,72% e saca a R$ 411,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada no Oeste da Bahia com alta de 2,53% e saca a R$ 405,00.
Na sexta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 411,69 e alta de 1,77%.
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