Café: Bolsa de Nova York falha ao avançar pela 5ª sessão seguida e encerra 4ª feira com queda de 95 pts
As cotações futuras do café arábica fecharam a sessão desta quarta-feira (02) com queda próxima de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado tentou dar sequência aos ganhos da véspera pela manhã, o que seria o quinto avanço seguido, mas um movimento de realização de lucros e a pressão do câmbio impactaram os preços externos do grão.
O vencimento julho/18 registrou 123,85 cents/lb com queda de 95 pontos e o setembro/18 anotou 126,05 cents/lb com recuo de 95 pontos. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 129,50 cents/lb e desvalorização de 95 pontos e o março/19, mais distante, caiu 95 pontos, fechando a 132,95 cents/lb.
"Em dia de boa movimentação, as cotações do café arábica fecharam em queda. Após atingir a máxima dos últimos meses, hoje tivemos um dia de realização. Na parte da manhã, as cotações trabalharam em alta dando sequência ao movimento de valorização dos últimos dias, a 125,95 cents/lb", disse o analista da Origem Corretora, Anilton Machado.
Depois de quatro dias seguidos de alta e a consolidação do patamar de US$ 1,20 por libra-peso ajustes já eram esperados. Pela manhã, o vencimento julho/18 chegou a registrar US$ 1,2595, seu maior nível desde fevereiro, segundo a Reuters internacional, mas passou a cair com realização e o dólar, que subiu forte na sessão desta quarta-feira.
A moeda estrangeira encerrou o dia com alta de 1,30%, a R$ 3,5491 na venda, o maior patamar em quase dois anos, com exterior pesando após o banco central dos Estados Unidos não reduzir expectativas de que os juros podem subir mais do que o esperado. O dólar mais alto em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity.
Os rumores de grandes safras no Brasil este ano também mantêm os traders contidos no mercado. Enquanto algumas consultorias privadas estimam a safra brasileira em mais de 60 milhões de sacas de 60 kg, a última previsão da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) aponta a produção de café do Brasil entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano. A atualização desses números será feita em 17 de maio.
Mercado interno
Depois de alguns negócios na última semana, o mercado brasileiro iniciou maio mais lento por conta do feriado do Dia do Trabalhador na terça-feira (01). O Escritório Carvalhaes informou no fim da semana passada que a necessidade imediata de café para o mercado interno brasileiro estimulou negócios e fez com que os preços internos do arábica e conilon reagissem.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 495,00 e alta de 0,41%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 4,44% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 490,00 e alta de 5,38%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 475,00 e alta de 5,56%. Foi o maior avanço no dia dentre as praças.
Na segunda-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 440,67 e alta de 0,35%.
1 comentário
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João Carlos remedio São José dos Campos - SP
Não fosse a subida do dólar, hoje seria mais um dia de cotações positivas para o café... Têm muita gente que acreditou na supersafra brasileira e ficou vendido; agora, estão correndo atrás do produto, pois, a supersafra será uma super decepção. A colheita desse ano nem bem começou e já está deixando a desejar; a falta de água em nossas lavouras mostrará o seu resultado no pano. Nem estou falando em uma catástrofe climática; se acontecer, o céu não será limite para os preços. Até que conseguiram inflar as previsões, difícil vai ser fazê-lo nas tulhas. Cuidado e atenção, a hora da verdade está chegando!