Café: Bolsa de Nova York encerra semana com queda acumulada de mais de 1% e julho/18 cai para US$ 1,17/lb

Publicado em 20/04/2018 17:35

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O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou a semana com queda de mais de 1%, com o vencimento referência saindo de US$ 1,19 para US$ 1,17 por libra-peso. As cotações da variedade foram impactadas por câmbio, fatores técnicos e principalmente acompanhando informações sobre a safra do Brasil.

No mercado interno, os negócios com café arábica seguem lentos nas praças de comercialização e sem muito interesse dos vendedores e também compradores. (Veja mais informações abaixo)

Na sessão desta sexta-feira (20), o vencimento maio/18 registrou 115,75 cents/lb com alta de 150 pontos e o julho/18 anotou 117,70 cents/lb com avanço de 145 pontos. Já o contrato setembro/18 fechou o dia com 119,80 cents/lb e valorização de 140 pontos e o dezembro/18, mais distante, também avançou 140 pontos, fechando a 123,30 cents/lb.

O arábica testou reação técnica na sessão desta sexta-feira depois de registrar leve baixa na sessão anterior. De acordo com o site internacional Agrimoney, o mercado do arábica teve suporte das expectativas de preços mais otimistas do Rabobank para o grão nos próximos meses e perspectiva de boa demanda para os embarques de maio e junho.

"Os preços internos subiram cerca de R$ 10,00 para a maioria dos tipos mais finos com os exportadores tentando escolher as melhores ofertas para cumprir seus compromissos", disse a exportadora Terra Forte ao site internacional de commodities.

Ainda assim, essa alta não teve forças para reverter as perdas acumuladas ao longo da semana que fizeram os preços externos do grão chegarem às mínimas em mais de dois anos. Pesou sobre o mercado nos últimos dias novas informações sobre a produção no Brasil na safra 2018/19, com possibilidade de recorde.

Consultorias privadas chegam a estimar a safra brasileira acima de 60 milhões de sacas de 60 kg levando em conta as variedades arábica e conilon. As previsões ocorrem em um cenário de bienalidade positiva para a maioria das lavouras, com recuperação na safra de conilon no Espírito Santo e melhores condições climáticas.

A Sucden Financial, segundo informações reportadas pela Reuters internacional, aumentou sua previsão para a produção de café nesta temporada no Brasil para algo entre 60 milhões a 62 milhões de sacas, ante as 58 milhões de sacas previstas anteriormente e as 52 milhões de sacas colhidas na temporada 2017/18.

"Traders preveem grandes produções no Brasil e Vietnã neste ano e permanecem aquém do mercado. Em Nova York estão repercutindo sobre bom tempo sendo reportado no Brasil e esperam outra grande safra no país", disse em relatório durante a semana o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville.

A última previsão da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) prevê a safra de café do Brasil entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano.

De acordo com institutos meteorológicos, o tempo deve ficar mais firme nas áreas produtoras de café do Paraná, São Paulo e Minas Gerais nos próximos dias. O frio predomina. Na próxima semana, mais instabilidades passarão a ser registradas em algumas áreas, mas ainda com baixos acumulados.

Durante a semana, além de fatores técnicos, o câmbio também impactou as cotações externas do café arábica. Nesta sexta, no entanto, o reflexo foi praticamente neutro. O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,60%, cotada a R$ 3,4117 na venda, seguindo a trajetória da divisa no exterior. A divisa impacta diretamente nas exportações.

Mercado interno

Os negócios com café ocorreram lentamente nas praças de comercialização do Brasil nos últimos dias com os preços ainda distantes do desejo do produtor. "O motivo para a baixa liquidez é que agentes do setor estão à espera da intensificação da colheita da safra 2018/19. Enquanto exportadores estão no aguardo da entrada do produto da nova temporada, produtores seguem nos preparativos da colheita", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O tipo cereja descascado anotou maior variação na semana em Poços de Caldas (MG) com queda de 4,26% (-R$ 19,00) e saca a R$ 427,00. A praça de Guaxupé (MG) teve o maior valor de negociação no período saca a R$ 442,00 e baixa de 0,90% (-R$ 4,00).

No tipo 4/5, a maior variação na semana foi registrada na cidade de Poços de Caldas (MG) com desvalorização de 3,10% (-R$ 14,00) e saca a R$ 437,00. A cidade de Franca (SP) teve o maior valor de negociação com saca a R$ 445,00 e queda de 1,11% (-R$ 5,00).

O tipo 6 duro teve maior oscilação na semana em Poços de Caldas (MG) com queda de 4,26% (-R$ 19,00) e saca a R$ 427,00. O maior valor de negociação no período foi registrado em Guaxupé (MG) com saca a R$ 442,00 e queda de 0,90% (-R$ 4,00).

Na quinta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 427,57 e alta de 0,47%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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