Café especial fez surgir novos profissionais da área
A evolução dos cafés especiais abriu um leque de novas opções profissionais. No Brasil, por exemplo, mesmo com a ligação histórica do produto, somente nos 1990 começou a surgir um interesse maior pelas características do café. Somente nesse período é que as propriedades superiores da bebida, como procedência, seletividade de grãos e padrão de torra começaram a ser estudados por especialistas.
O crescente interesse pelos cafés – e o consequente aumento na produção de cafés especiais -, também levou a uma busca por especializações profissionais. Hoje, termos como Q-Grader, Barista e Mestre de Torra ainda podem ser desconhecidos da maioria dos brasileiros, mas, aos poucos, começam a ganhar status na cadeia do café.
Mas quem são esses profissionais e o que fazem? Vamos começar a explicar sobre o Q-Grader.O profissional denominado Q-Grader trabalha com degustação e classificação de cafés especiais. Para ser chamado de Q-Grader, ele deve possuir uma certificação mundial ligada ao Instituto de Qualidade do Café (Coffee Quality Institute – CQI). Este órgão, com sede nos Estados Unidos, trabalha para a melhoria da qualidade cafeeira mundial por meio de treinamentos e exames práticos que permitem o desenvolvimento de competências para a análise sensorial, além da habilidade em avaliar os defeitos da bebida.
Ou seja, um degustador e classificador de café (ou de cafés especiais) pode fazer o curso Q-Grader para ter o diploma. Para obter essa certificação, no entanto, o aluno é submetido a exames e treinamentos desenvolvidos com base na metodologia da Specialty Coffee Association (SCA). As aulas contêm exercícios teóricos e práticos e, ao final, o aluno realiza exames para buscar a obtenção da “Licença Q-Grader”, que o capacitará para atuar no comércio de cafés com qualidade certificada.
A formação de um Q-Grader envolve o conhecimento de todas as etapas da produção de café. Os itens abordados nos exames são conhecimentos gerais do café, testes de habilidade sensorial, olfativo, de triangulação, de ácidos orgânicos, de torra e testes de xícaras, além de identificação de amostras de torras e café verde. “No curso de Q-Grader, o aluno aprende desde as propriedades nutritivas do grão até a sua comercialização, assim como as influências do clima, altitude e a geografia no cultivo do café”, diz Vanusia Nogueira, diretora executiva da BSCA.
Para os interessados em se tornar um Q-Grader, a BSCA oferece os cursos durante todo o ano, justamente para ajudar na profissionalização na cadeia do café. Para mais informações, basta entrar em contato pelo e-mail info@bsca.com.br.
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