Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 100 pts nesta 2ª, mas maio/18 não consegue voltar a US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (09) com alta de mais de 100 pontos. O mercado anulou as perdas dos últimos dias com ajustes técnicos altistas, mas o vencimento referência para os negócios com o grão segue abaixo do patamar de US$ 1,20 por libra-peso.
O contrato maio/18 encerrou a sessão de hoje cotado a 118,65 cents/lb com alta de 120 pontos e o julho/18 anotou 120,55 cents/lb com avanço de 115 pontos. Já o contrato setembro/18 fechou o dia com 122,55 cents/lb e valorização de 115 pontos e o dezembro/18, mais distante, avançou 110 pontos, fechando a 125,90 cents/lb.
Assim como nos últimos dias, o mercado externo do arábica seguiu impactado por fatores técnicos na sessão desta segunda-feira e reverteu parte das perdas recentes depois de sessões seguidas no vermelho. A pressão vinha do câmbio, essencialmente, mas ajustes também eram registrados, o que fez as cotações trabalharem em mínimas de nove meses.
De acordo com informações da Reuters internacional nesta segunda, especuladores no terminal externo aumentaram recentemente sua posição líquida vendida na ICE até o período encerrado até dia 3 de abril, elevando-a a um recorde na medida em que os preços caíram, de acordo com dados mostrados pelo CFTC (Commodity Futures Trading Comission).
"A falha de Nova Iorque trabalhar acima da média-móvel de vinte dias atraiu novas vendas de especuladores, levando os fundos para um novo-recorde de posição bruta e líquida vendidas (soa como disco arranhado, eu sei)", disse em relatório Rodrigo Costa, analista e diretor da Comexim nos Estados Unidos, em referência ao fechamento da semana passada.
É praticamente consenso entre os analistas a falta de novidades fundamentais no mercado, mas a colheita da safra 2018/19 já se aproxima e novas informações começam a chegar ao mercado. A Volcafé, trading do grupo ED&F Man, divulgou na semana passada que a safra brasileira de café pode chegar a 61,8 milhões de sacas entre arábica e conilon.
A última previsão da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) prevê a safra de café do Brasil entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano.
A Somar Meteorologia informa que o tempo deve ficar mais seco nos próximos dias sobre as principais origens produtoras com a presença de uma massa de ar seco no Centro-Sul do país. Poderá chover volumes expressivos apenas no final de semana. A colheita da safra brasileira na maior parte do país deve se intensificar entre abril e junho.
Mercado interno
Os negócios com café seguem ocorrendo lentamente nas praças de comercialização do Brasil em relação aos últimos anos. No entanto, segundo informa o Escritório Carvalhaes, mais transações foram vistas na última semana. "Entramos em abril, auge da entressafra e o mercado de café continua indefinido e com número pequeno de negócios fechados", informa a corretora com referência aos baixos preços.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (+1,05%) e Poços de Caldas (MG) (+1,05%), ambas com saca a R$ 481,00. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 2,25% e saca a R$ 455,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 456,00 com alta de 1,11%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 2,35% com saca a R$ 435,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 450,00 e alta de 0,90%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 2,38% e saca a R$ 430,00.
Na sexta-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 428,07 e alta de 0,62%.
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