Cocatrel orienta seus cooperados para monitoramento dos cafezais e preparo para o início da colheita
Com o fim do verão chuvoso na região do Sul de Minas que atingiu 800 mm nos meses de janeiro, fevereiro e março, devemos nos atentar para o monitoramento das lavouras nos próximos meses devido à alta umidade que pode favorecer algumas doenças. Um exemplo é a ferrugem tardia que nos últimos anos trouxe alguns prejuízos a cafeicultores e se não controlada de maneira adequada, causa perda das folhas e consequentemente na produção dos cafeeiros. Outra doença que deve ser monitorada é a phoma, que é favorecida pelo frio e pela ocorrência de ventos.
De acordo com a Somar Meteorologia, a previsão para os próximos meses é de frio mais intenso, com temperaturas entre 1,9 e 3,5°C abaixo das médias. Nesse sentido, estamos alertando os cooperados da Cocatrel a providenciarem seguro para as lavouras, visto que as geadas podem resultar em dano total ou parcial da planta, afetada devido ao congelamento intracelular e morte das células e dos tecidos da planta. O frio causa ainda efeito danoso, pois mesmo sem queimar, paralisa o crescimento da gema terminal dos ramos produtivos, com isso boa parte das gemas que se tornariam flores se diferenciam em ramos.
Pensando na colheita que se aproxima, é importante todo o planejamento em relação às colhedoras, terreiros, máquinas, implementos, etc... O ideal é a realização de uma limpeza em todo o equipamento a ser utilizado antes do início da colheita, a exemplo dos equipamentos de beneficiamento, no qual, qualquer resíduo de café da safra anterior pode causar queda na qualidade de bebida do café da safra atual, caso ocorra a mistura desses cafés.
Outro ponto de atenção é em relação a big bags, que vem sendo cada dia mais utilizados no transporte de café da propriedade para os armazéns. A Cocatrel orienta a utilização exclusiva destes big bags para transporte de café, pois big bags contendo resíduos de borras de fertilizantes, mau cheiro e manchas de óleo podem alterar a qualidade do grão, pois no momento da prova qualquer contaminação pode ser caracterizada como um lote de café de qualidade inferior, com isso há alteração na real qualidade da bebida desse lote.
Para produtores de fazendas certificadas, no qual o certificado apresente validade para o meio da safra, a orientação é que renovem seus certificados antes do início da mesma, a fim de evitar algum atraso na entrega de café, que pode ocorrer com a vencimento do certificado.
Por fim, lembrem-se sempre de realizar uma colheita eficiente, evitando-se deixar café na planta ou no chão. A forma mais eficiente de manejo da broca é o cultural, no qual é realizada uma colheita eficiente e não ocorre a sobrevivência da broca de um ano para o outro no talhão.
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