Café: Bolsa de NY recua pela segunda sessão consecutiva nesta 5ª, mas vencimentos se sustentam acima de US$ 1,20/lb
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (8) com queda próxima de 50 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ainda baseado em indicadores gráficos, câmbio e informações sobre a safra brasileira, o mercado completa a segunda sessão consecutiva de baixa, apesar de ainda se manter na casa de US$ 1,20 por libra-peso.
O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotado a 119,00 cents/lb com queda de 30 pontos, o maio/18 registrou 120,30 cents/lb com recuo de 45 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 122,60 cents/lb e desvalorização de 35 pontos e o setembro/18, mais distante, teve queda de 35 pontos, fechando a 124,85 cents/lb.
O mercado externo do arábica seguiu oscilando na sessão desta quinta com base em indicadores gráficos, mas o câmbio também voltou a pressionar os preços. O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,63%, cotado a R$ 3,2645 na venda acompanhando o exterior. É o maior preço desde 9 de fevereiro. A divisa mais alta tende a encorajar as exportações.
De acordo com dados da OIC (Organização Internacional do Café), as exportações globais de café subiram 20,7% em janeiro, totalizando 11,01 milhões de sacas. Houve um salto tanto na variedade arábica quanto no conilon. Nos quatro primeiros meses da temporada de 2017/18, as exportações de café aumentaram 3,1% para um total de 40,74 milhões de sacas.
Do lado fundamental, ainda que em menor intensidade, a safra brasileira que será colhida nos próximos meses segue em desenvolvimento e o mercado está atento, segundo informa o analista da Price Futures Group, Jack Scoville. "Nova Iorque estão acompanhando o bom tempo sendo relatado no Brasil e espera outra grande safra", afirma.
O Rabobank, um dos maiores bancos especializados em commodities do mundo, elevou recentemente sua previsão para os preços do café arábica, já que reduziu sua previsão para a safra brasileira para bem abaixo das expectativas de outros analistas, citando danos causados por pragas. As informações são do site internacional Agrimoney.
Após tour em 5.000 km de áreas de cultivo no coração do café do Brasil, o banco reduziu em 2,2 milhões de sacas de 60 kg, para 56,8 milhões sua previsão para a colheita do grão no país neste ano.
Mercado interno
Os negócios com café voltaram a ocorrer de forma isolada nas praças de comercialização do Brasil. As cotações seguem distantes do desejo do produtor diante das recentes quedas externas e recuo do dólar. "De modo geral, agentes permanecem retraídos, cenário que tem mantido baixa a liquidez interna", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 478,00 e alta de 0,42%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 468,00 e valorização de 0,43%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 446,00 e alta de 0,45%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha com queda de 2,35% e saca a R$ 415,00.
Na quarta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 432,83 com alta de 0,22%.
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