USDA estima que produção e exportações de café da Colômbia devem atingir máximas de 25 anos em 2017/18

A recuperação na produção de café e nas exportações da Colômbia melhoraram mais rápido do que se pensava nesta temporada, disseram autoridades dos EUA - diante do pressuposto de um clima "normal", mesmo que as ideias de La Niña cresçam.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), em Bogotá, estimou a produção de café da Colômbia na safra 2017/18, de outubro a setembro, em 14,7 milhões de sacas. A maior em 25 anos.

A estimativa é 100 mil sacas maior da previsão anterior oficial do USDA e representa uma produção quase dobrada em relação as 7,66 milhões de sacas registrados há seis temporadas, quando a produção foi afetada com a ferrugem, necessitando o replantio com plantas resistentes ao fungo.

A estimativa de produção do escritório reflete em parte as expectativas de "mais plantas atingindo seu pico produtivo".

Mais de 420 mil hectares dos 940 mil hectares de café na Colômbia, até agora, foram replantados, com a renovação a um ritmo médio de 84 mil hectares por ano.

Perspectivas de exportação

O escritório do USDA no país acrescentou que as exportações colombianas de café em 2017/18 poderiam chegar a 13,59 milhões de sacas, cerca de 400 mil sacas acima da estimativa oficial do USDA, e também uma alta de 25 anos.

"As exportações colombianas de café estão se expandindo significativamente desde 2013, refletindo a recuperação da produção de café", disse a agência, observando o crescimento em ambos os extremos do espectro de qualidade.

"Com valor agregado, o café especializado agora compreende cerca de 40% das exportações totais de café da Colômbia".

No entanto, a agência também pontuou o impulso nos embarques de café de baixa qualidade, muito menores, incluindo solúvel, graças a uma mudança em maio do ano passado para reduzir o obstáculo aos padrões de exportação.

Tradução: Jhonatas Simião