Café: arábica encerra em queda em NY, em função de estimativas otimistas para o Brasil
O mercado do café teve mais um dia de encerramento em queda na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group), em função de algumas estimativas otimistas para a safra brasileira.
Com 165 pontos de queda, o vencimento julho/17 encerrou a 127,70 cents/lb. A mesma queda se refletiu em setembro/17, com encerramento em 130,05 cents/lb. Para dezembro/17, a queda foi de 170 pontos, a 133,55 cents/lb e março/18, queda de 165 pontos, a 137,00 cents/lb.
O analista de mercado Jack Scoville, da Price Futures Group, aponta que o mercado de Nova York está fraco devido a uma queda no real brasileiro e também a uma estimativa de 48,3 milhões de sacas de café arábica para esta safra no Brasil, feita pela Citi Research. Mesmo que a estimativa da Citi também inclua um déficit global em relação à demanda, "isso parece não importar para os traders".
A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), por sua vez, prevê 45,5 milhões de sacas. E o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é mais otimista ainda: 52,1 milhões de sacas.
A partir de agora, o Brasil deverá ter, em grande parte, uma temperatura mais seca, ainda de acordo com Scoville. Entretanto, algumas poucas chuvas são aguardadas para a sexta-feira.
O dólar encerrou a R$3,2452, com uma alta de +0,58%. No fechamento anterior, este encerramento havia sido de R$3,2266. De acordo com José Faria Junior, diretor da consultoria Wagner Investimentos, em entrevista à Reuters, "há forte resistência ao redor de R$3,20. Com os preços baixos das commodities, indefinição política, o dólar perto desse patamar é barato", disse.
Mercado interno
O café tipo cereja descascado apresenta a maior cotação em Espírito Santo do Pinhal (SP), a R$500,00, sem variação. Em Guaxupé (MG), houve uma variação negativa de -1,39%, com a saca a R$498,00.
Já o café tipo 4/5 apresenta as maiores cotações em Franca (SP) e em Varginha (MG), ambas a R$465,00, sem variação. Em Poços de Caldas (MG), houve variação negativa de -0,22, a R$456,00 a saca.
Por sua vez, o tipo 6 duro tem maior cotação em Araguari (MG), a R$470,00, sem variação. A variação negativa mais expressiva foi vista na média do Rio Grande do Sul, de -3,30%, a R$440,00.
Na terça-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 458,54 e alta de 0,21%.
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