Café: Bolsa de NY encerra semana com alta de cerca de 1% nos principais vencimentos
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) encerra a semana com alta de cerca de 1% nos principais vencimentos, de acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. O vencimento maio/17, que iniciou a semana fechando a 139,20 cents/lb, com valorização de 160 pontos, fechou nesta sexta-feira (31) a 139,30 cents/lb, sem variação. O mercado ainda trabalha bastante técnico, sem novidades do lado fundamental que justifiquem uma alteração nos patamares das cotações.
Os demais vencimentos encerraram com baixa de 5 pontos. Julho/17 terminou o dia a 141,65 cents/lb, setembro/17, a 144,00 cents/lb e dezembro, a 147,35 cents/lb.
O analista de mercado Anilton Machado, da Origem Corretora, divulgou em seu informativo de café que a sessão de hoje foi uma sessão sem novidades e que "o mercado continuou oscilando tecnicamente dentro dos intervalos verificados nos últimos dias". De acordo com Machado, no encerramento deste mês, as cotações acumularam queda de 330 pontos.
Mais cedo, o analista de mercado Marcus Magalhães, da Maros Corretora, em seu boletim diário, também disse que "a grande verdade é que não há um fato novo que respalde qualquer tipo de mudança no atual intervalo mercadológico, ou seja, o mais do mesmo prevalecerá". Para ele, toas as variáveis que poderiam estimular mudanças nas cotações já foram precificadas.
O Conselho Nacional do Café (CNC) apontou nesta sexta-feira para as avaliações do Cepea, que destacou que as condições das lavouras de café arábica no Brasil têm sido favorecidas pelo clima - de períodos secos alternados com chuvosos - e que a colheita da variedade deverá ter início no mês de junho na maior parte das regiões produtoras.
O dólar, por sua vez, fechou em queda. Esta queda foi parcialmente contida pela interferência do Banco Central no câmbio, como destaca o boletim de Machado, com leilão de linha para rolagem parcial do vencimento de abril. A queda foi de 0,85% e, portanto, o dólar encerrou o dia a R$3,1230.
No acumulado do mês, o dólar teve alta de 0,57%, sendo esta a primeira alta mensal desde novembro de 2016.
Mercado interno
Na tendência do mercado internacional, o mercado interno do café também teve no mês de março um momento de preços mais baixos para o arábica, puxado por um conforto na oferta global.
A análise semanal realizada por Lopes indica uma tendência mista entre variações positivas e negativas nas negociações do mercado interno nas principais praças ao longo da semana.
O café tipo 4 apresentou variação negativa nas principais praças ao longo da semana, com exceção de Guaxupé (MG), que teve variação positiva de 0,93%. Guaxupé também registra a maior cotação da saca do produto, R$540,00. A menor cotação é observada em Varginha (MG), a R$480,00, que acumulou uma variação negativa de -1,03% na semana.
Para o café cereja descascado, a tendência de variação foi mista nas principais praças. Varginha (MG) registrou a variação negativa mais expressiva, de -2,97%, perdendo R$15 nas cotações e encerrando o dia de hoje a R$490,00. A variação positiva mais expressiva foi observada em Patrocínio (MG), de 2%, ganhando R$10,00 e encerrando a semana a R$510,00.
Na quinta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$475,04, com queda de -0,01% no dia e -5,88% ao mês. Em dólares, a cotação é estimada em US$151,43.
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