Fenicafé movimenta cerca de R$ 35 milhões em negócios
A Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em cafeicultura fecha sua 22ª edição com um balanço mais que positivo. É que o volume de negócios realizados superou os 35 milhões de reais; uma marca muito maior do que a estimativa prevista pela organização antes do início do evento.
A feira leva todos os anos para Araguari no Triangulo Mineiro, a elite da irrigação nacional. É uma vitrine no processo de irrigação em cafeicultura. Todos os anos, são divulgados durante os três dias, os mais novos estudos na área, envolvendo renomados palestrantes de diversas áreas do agronegócio café.
Promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), a Fenicafé é dividida em três partes: o Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura e o Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada.
Em 2017, o primeiro dia tiveram palestras voltadas para o mercado de café; no segundo, com a abertura do Simpósio Brasileiro de Cafeicultura Irrigada, os temas abordados foram irrigação e fertirrigação; no encerramento, tendências tecnológicas, fisiologia e manejo tiveram destaque; procurando a sempre busca constante na qualidade do café. Com isso, esteve aberta durante todos os dias a feira de máquinas e implementos com lançamentos dos mais modernos produtos e serviços ligados à irrigação. Para encerrar Alessandra Luglio falou sobre “Nutrição de alta performance”, em uma palestra aberta ao público.
“A ACA – Associação dos Cafeicultores de Araguari tem todo um cuidado na hora de elaborar a grade de palestras e também na captação de expositores. São muitas pessoas envolvidas neste trabalho que é esse sucesso todo ano. O que procuramos apresentar na Fenicafé são temas de grande relevância para a cafeicultura, procurando sempre identificar a necessidade do real produtor”, conta a superintendente da ACA, Maria Cecília.
Segundo ela, a soma de boas palestras e a exposição de máquinas implementos atrai o público. “Em um só lugar o cafeicultor pode encontrar conhecimento e produtos de vários segmentos; linhas de crédito e serviços”. Completa dizendo que a expectativa da feira é realmente gerar o desenvolvimento da cafeicultura irrigada no Brasil.
“Só temos a agradecer. São muitas pessoas envolvidas no processo como um todo, desde a montagem às pessoas que estão todos os dias fazendo as coisas acontecerem”.
O presidente da ACA, Cláudio Morales Garcia, também faz um balanço do que aconteceu na Fenicafé 2017. “Podemos comemorar o sucesso da 22ª edição do maior evento de cafeicultura irrigada do país. Não só na quantidade de público, como também na qualidade das palestras. O auditório lotou todos os dias. Nossa intenção é sempre trazer inovações, tanto na parte técnica, como na parte tecnológica”.
Cláudio Morales afirma que o trabalho na Fenicafé não termina por aqui. “Na próxima semana já começamos a preparar a edição do ano que vem, pretendendo atrair sempre professores, estudantes e pesquisadores não só do Brasil, mas também de outros países; apresentando sempre um conteúdo de qualidade; mostrando para o produtor o que há de mais moderno em irrigação e adubação”, garante.
Segundo Cláudio Morales, em um evento como este, nada se faz sozinho. “Nosso grupo é muito forte e não existe vaidade entre nós, por isso, já são 22 anos de Fenicafé, tentando sempre fazer o melhor possível, levando o nome de Araguari para o mundo”, ressalta.
Sucesso de Público – A organização da Fenicafé estima que 20 mil pessoas tenha passado pelas dependências da feira; já o número de inscritos para participar das palestras chegou a 700 pessoas por dia. “Os números confiram nosso sucesso”, afirma Morales.
Dia Mundial da Água – A Fenicafé abre as portas para todos os públicos. Tanto é que alunos da rede pública de Araguari visitaram a feira no Dia Mundial da Água para saber um pouco mais sobre o uso do recurso mais preciso de nosso planeta. Durante a visita, eles conheceram a estrutura da feira e aprenderam sobre as tecnologias do consumo consciente da água no manejo das lavouras.
Política como ferramenta - O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, no discurso de abertura, disse que “nada acontece sem política e devemos utilizar a política como ferramenta. “Para liderar o mundo devemos criar políticas responsáveis, fazendo do nosso mercado um mercado soberano. A feira existe para apresentar para o cafeicultor novas tecnologias para que possamos usar a água de forma racional; mantendo a região do cerrado sustentável para nossos filhos e netos”, afirma.
Já o presidente executivo do Conselho Nacional do café (CNC), deputado Silas Brasileiro, destacou a importância da irrigação na produção de café. “A irrigação traz uma produtividade maior, gera renda e faz com que o produtor seja mais competitivo no mercado”, salienta, dizendo que a Fenicafé é um ótimo local para aprendizado com troca de ideias e conhecimento de novas técnicas.
O Brasil exporta 37% do café consumido no mundo. Isso para nós é muito importante, tanto pela qualidade do grão quanto pelo profissionalismo dos nossos produtores. Estamos competindo de igual para igual com mercados como na Colômbia. Temos uma bebida excepcional e devemos mostrar que somos capazes de produzir uma bebida de qualidade, com competitividade de mercado.
Brasileiro projeta um crescimento de 3% nas exportações a cada ano. “Nossa meta é chegar em 2018 com volume de 40% do café exportado no mundo”. Para ele, o café tem jeito, só depende de nós”.
Motivo de orgulho - O deputado estadual Lafayette Andrada também destacou o papel da Fenicafé para a cafeicultura irrigada do Brasil. “A Fenicafé é motivo de orgulho; orgulho para Araguari, um orgulho para Minas Gerais”. Andrada afirma que o agronegócio tem sido o pilar para economia nacional, mas precisa de políticas públicas responsáveis. “Os governos, de um modo geral, tem se comportado como adversários do setor agrícola. O produtor esbarra na burocracia”.
“O agronegócio está numa posição de vanguarda”, afirma o deputado estadual Leonídio Bolsas, chamando a atenção para o trabalho dos cafeicultores neste cenário. Bolsas comentou sobre a burocracia enfrentada pelos agricultores no Brasil. “Sabemos da importância do agronegócio para o país e, portanto devemos destravar as amarras deste setor, estimulando assim o desenvolvimento da área”.
Já o prefeito de Araguari, Marcos Coelho Carvalho, disse que a prefeitura não mede esforços para a realização de um evento como este. “Araguari está de parabéns por sediar um encontro de tamanha magnitude, que traz para a cidade grandes nomes da cafeicultura nacional”.
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